domingo, 24 de agosto de 2025

20 anos de A Volúpia Infernal do Luxúria de Lillith!!!


Luxúria de Lillith, projeto solo do multi-instrumentista Alysson Drakkar criado em 1998 na cidade de Goiânia em Goiás, nasceu com o intuito de proliferar um black metal sinfônico com temas de ocultismo e vampirismo. Após várias demos, singles, coletânea e até álbum ao vivo, em 2005 o Luxúria gravaria seu primeiro full álbum, sob a alcunha de "A Volúpia Infernal". O trabalho foi idealizado pelo pequeno selo Zenor Recordz com uma arte diferente desta mais conhecida que postamos e que foi desenhada para o relançamento do trabalho através de vários selos em conjunto anos depois. Por se tratar do primeiro rebento de uma horda "one man band" de black metal do underground brasileiro, e com uma arte batida (nudez feminina e bodes), o trabalho tinha tudo para passar despercebido nas prateleiras de sebos como um daqueles trabalhos feitos com suor, mas sem nenhum capricho, e que uma a cada 100 criaturas noturnas da escuridão possam ter ouvido falar, correto? Sim, mas não passou e muito menos foi feito nas cochas. "A Volúpia Infernal" é uma obra que desafia qualquer fã de black metal, seja melódico ou não, a virar as costas para sua orquestração sangrenta carregada de ódio. A qualidade está muito acima do que se espera de um lançamento assim, com todos os instrumentos audíveis. Os teclados são essenciais, mas não escondem ótimos riffs de guitarras. A estrutura das músicas em alguns momentos remetem ao Cradle of Filth, mas aqui temos menos mudanças de andamentos e menos variações nos vocais, o rasgado quase sempre prevalece. Mas vocais femininos aparecem vez ou outra, dando aquele clima de sedução que as letras pedem, citando orgias e tentações. Drakkar gravou todos os instrumentos, além das vozes masculinas, e se mostrou um músico do underground de raro talento e competência, conseguindo materializar música extrema sem se perder ou nos entediar. Para quem curte as letras, o trabalho do Luxúria de Lillith é todo cantado em português, valorizando ainda mais o rico underground nacional. Destaco a música "Da Morte Para Todo Fim", com um refrão perfeito, em que Drakkar rosna em conjunto com a vocalista convidada Sônia Freitas de forma sublime. Se você é fã de Miasthenia (DF), "Volúpia Infernal" vai satisfazer todos os seus desejos proibidos.

 

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