domingo, 12 de outubro de 2014

By The Grace of Evil


Toda banda, assim como um produto, tem seu início, ápice e queda. Não a queda no sentido real da palavra, mas muitas vezes elas precisam se reposicionar no mercado para continuar chamando a atenção dos fãs, o que caracteriza os famosos altos e baixos. Mas o ápice pode ser algo relativo, uma vez que depende tanto da aceitação do mercado, quanto do gosto pessoal dos fãs. O ápice criativo do Metallica por exemplo foi o black álbum de 1991, mas grande maioria dos fãs têm Master of Puppets de 1986 como o maior álbum da banda. Particularmente, acho que o Drowned de BH começou com um álbum matador, que foi Bonegrinder, lançou um bom EP, o Back From Hell em seguida, e pecou um pouco no excesso de melodias em Butchery Age. Mas conseguiram lançar seu melhor álbum em 2004, o excelente By The Grace of Evil. A começar pela arte gráfica irretocável e o título (com a letra B como sempre) muito bem sacado, este foi o álbum mais bem trabalhado e diversificado da banda, com uma mudança na construção das músicas, que foi a ênfase nos refrãos, fazendo com que a maioria deles ficasse grudada na memória de quem ouvisse.


Quando uma banda lança um trabalho que te agrada por completo, é difícil citar as melhores, porque elas sempre variam a cada período, mas algumas  devem ser registradas, a começar pela melhor música dos mineiros até hoje, AK 47 que ganhou um vídeo clipe na época. O dedilhado acompanhado de baixo e bateria no meio foi um diferencial na banda. Outras que merecem crédito são Hell March, Kill The Lambs, The Son Will Not Return, No God For Apes e ...Only A Business!!!. A banda continua lançando ótimos trabalhos, privilegiando cada dia mais o peso e a técnica. Mas mesmo com tantos bons álbuns acho difícil superarem By The Grace of Evil. Apenas uma questão de opinião. Mas que eu torço para que isso aconteça, eu torço!