sábado, 24 de novembro de 2018

20 anos de Victims of This Fallen World do Kataklysm


Nunca julgue um livro pela capa. Ou uma banda pela capa, seja como for. Principalmente se ela vier de um país que não seja o número 1 do Heavy Metal no mundo como o Canadá, mas quando alguma delas consegue romper suas barreiras, pode se esperar muita qualidade.
Em seu terceiro álbum de estúdio, e ainda numa pequena gravadora, a Hypnotic Records, o Kataklysm subiu alguns degraus em Victims of This Fallen World após o baixista Maurizio Iacono assumir os vocais deixados por Sylvain Houde, dando uma dinâmica maior à banda com o misto de rasgados e guturais, já que o vocalista anterior tinha um gutural muito potente que destoava um pouco do instrumental. Para o baixo veio Stéphane Barbe (é homem mesmo apesar do nome), e a banda neste álbum tinha Max Duhamel na bateria e Jean François Dagenais, um dos fundadores na guitarra. O que se ouve no álbum é uma porrada Death Metal fantástica, com um ótimo trabalho de guitarras, com muito peso e distorção, riffs destruidores, mesmo não sendo inovadores e um vocal muito potente, bem parecido ao de Johan Hegg do Amon Amarth nos momentos mais guturais. A bateria é outro show à parte, com blast beats muito bem encaixados em determinados momentos, o que rendeu à alcunha ao estilo do grupo de Northern Hyperblast. O álbum é muito bom e homogênio, com excessão da última e desnecessária faixa World of Treason II, que não chega a ser ruim, porém é a menos agressiva do petardo, mas não se deixe levar, quem vos escreve não tem nenhuma paixão pela música instrumental, a não ser que ela seja algo muito acima da média. Destaque para a pesadíssima (God) Head e para I Remember, por ter boa parte acompanhada pelo violino sem descaracterizar a música extrema dos canadenses. E a carreira do Kataklysm só cresceu nestes últimos 20 anos, acredito muito devido a este registro.

sábado, 17 de novembro de 2018

20 anos de Chapter 13 do Gorefest


Eis que voltamos àquela velha máxima de que o final dos anos 90 não foi muito bom para o Metal, mas fazendo um retrospecto de tudo que postamos este ano sobre 1998, fica claro que as coisas não estavam tão ruins como se pinta, afinal resenhamos clássicos e registros fantásticos no decorrer de 2018. Mas então o que acontecia com os holandeses do Gorefest? Aquela onda Death 'n Roll encabeçada por bandas como Entombed e Carcass parece ter feito a cabeça do Gorefest, mesmo que o som de Chapter 13 seja bem sujo, em alguns momentos se aproximando do industrial, e em outros bem clean, com vocais limpos como na meio psicodélica Smile. O problema do Death 'n Roll é que não pende pra cá nem pra lá, então fica difícil agradar os fãs dos 2 lados. Chapter 13 é o tipo de som para ser ouvido em momentos descontraídos como por exemplo um churrasco entre amigos (de bom gosto) mas não para dar aquela viajada sozinho em casa quando um False (álbum de 1992) acaba sendo muito mais agradável. Talvez o baixo prestígio deste álbum seja explicado com o fim da banda no mesmo ano de lançamento, com seus membros a retornando 6 anos depois com os pés novamente fincados no Death Metal, inclusive na arte da capa de La Muerte, cheia de retalhos de violência, bem ao estilo False.

sábado, 10 de novembro de 2018

20 anos de For Blood, Honour And Soil do Twin Obscenity


Uma pérola do Death/Black norueguês. Um perfeito adjetivo para o 2º álbum do Twin Obscenity que nos mostra como o mundo da música pode ser injusto, uma vez que outros conterrâneos deste trio têm muito mais prestígio por aqui, apesar da qualidade musical estar anos luz de distância. Mas como já dizia o sábio poeta português... "gosto é que nem bunda..." então concentremo-nos no álbum. Lançado pela Century Media em 1998 e nunca mais relançado, esta obra é perfeita para amantes de um Black Metal que pode até se aproximar do chamado Sinfônico mas que mesmo cheio de melodias ainda é uma obra ríspida com momentos mais calmos. A porrada começa com a rápida In Glorious Strife, com guitarras serrando, bateria rápida sem ser aquela metranca ultrasônica, a velocidade aqui está mais concentrada nos pedais, e vocais cavernosos num misto de gutural rasgado com eco de caverna, excelente aliás. Os teclados fazem uma camada em alguns momentos enriquecendo o som e um dedilhado rápido antecipando o solo mostra o bom gosto do trio Atle Wiig (vocal e guitarra), Knut Naesje (bateria) e Jo Arild Tonnessen  (baixo). The Usurper's Throne na sequência é bem mais arrastada, com uma quebrada privilegiando o baixo e um belo vocal feminino de Mona Undheim, a vocalista/tecladista do Myriads. A faixa título do CD é uma das melhores da banda, com uma base empolgante, belos riffs de guitarra, vocais raivosos e mais vocais femininos. Não destaquemos outras canções, este álbum foi feito para ser ouvido do início ao fim. Já completa 20 anos e muitos amantes do estilo não conhecem, então corra pro YouTube, encontrei um up lá com o volume muito baixo mas que dá pra sacar a qualidade bélica do Twin Obscenity.

domingo, 4 de novembro de 2018

10 músicas com a letra 'K' que você precisa ouvir antes de morrer.






O Metal & Loucuras separou 10 hinos do Heavy Metal que não podem faltar no seu play list:

1ª - Killers - Iron Maiden. Fãs de Bruce Dickinson, gostem ou não, as raízes da donzela são inesquecíveis. E os gritos de Paul D'ianno sobre aquela base carregada com o baixo  cavalgante de Steve Harris é simplesmente espetacular. Uma das melhores músicas da primeira fase da donzela.

2ª - King of A Stellar War - Rotting Christ. Os gregos do Rotting Christ atingiam seu ápice em 1996 com Triarchy Of The Lost Lovers e a faixa de abertura desta obra dark black é uma das mais icônicas de sua carreira.O RC abria mão da velocidade para carregar suas músicas com guitarras melódicas sem soar besta ou irritante. É melódico sim mas a aura negra permeia a música é como a garra escondida na cauda de um escorpião.

3ª - Killing Time - Metallica. Pode não ser uma música do Metallica, mas o cover que fizeram de Killing Time do Sweet Savage virou ouro, assim como tudo que eles tocavam naquela época. Impossível não bater cabeça ouvindo esta versão, além de ser uma das melhores interpretações vocálicas de James Hetfild em matéria de cover.

4ª - Kings Of The Carnival Creation - Dimmu Borgir. O álbum Puritanical Euphoric Misanthropia dos noruegueses do Dimmu Borgir os levou a outro patamar e uma nova direção musical, angariando milhões de fãs pelo mundo e chegando ao mais alto que uma banda de Black Metal poderia. Com algumas pitadas de música eletrônica aqui e ali Kings Of The Carnival Creation conquistou as almas impuras da legião de fãs e ainda é uma das melhores desta fase.

5ª - Kingdom - Anathema. O último trabalho contando com Darren White como vocalista do Anathema foi o perfeito EP Pentecost III. Tudo bem que um EP com mais de 40 minutos ainda é bem mais longo que muito álbum completo por aí, portanto chamar este trabalho de EP pra mim é uma blasfêmia. A faixa Kingdom abre o trabalho com um dedilhado triste (como deveria ser) e a música vai ganhando forma e peso à medida que entram vozes e demais instrumentos mostrando que a banda já estava se afastando um pouco do Death Doom e mergulhando em algo mais profundo e sorumbático. Música magnífica de um álbum magnífico.

6ª - Killing Time- Obituary.  Falar do álbum The End Complete de 1992 do Obituary é chover no molhado aqui no Metal & Loucuras, já que para este que vos escreve é o melhor álbum de Death Metal da história. Então ter Killing Time entre as 10 músicas que você deveria ouvir antes de morrer é até natural. Não é a melhor faixa do álbum, mas já é diferenciada pelo começo cadenciado e com riffs longe de soarem maldosos como todo o resto, para depois cair numa pancadaria louca, até voltar nos riffs iniciais ao final. Grande música.

7ª - Killing Is My Business...And Business Is Good! - Megadeth. E a saga de uma das maiores bandas de Thash da história se inicia com o álbum de 1985 Killing Is My Business. Pode não ter a melhor produção possível da época, já que os músicos gastaram a maior parte da grana para a gravação com drogas e álcool, mas a raiva e os riffs impressionantes de Dave Mustaine, assemelhando-se a uma locomotiva, estão pressentes nesta faixa arrasadora, inclusive com um dos vocais mais gritados que o monstro já registrou.

8ª - Kaiowas - Sepultura - Milhares de fãs torceram os narizes para a faixa instrumental do álbum Chaos A.D. de 1993, porém muitos destes fãs hoje consideram-no o último grande álbum do Sepultura. E mesmo que não seja uma faixa metal, Kaiowas é uma das melhores passagens do álbum, tribal como se propôs a ser e ousada sem cair no ridículo como o metal sempre deveria soar .

9ª - Keeper Of The Seve Keys - Helloween - A faixa título que encerra a jornada de 2 álbuns que são os Keeper of The Seventh Keys é uma viagem sonora de mais de 13 minutos, épica e fantástica, com uma mensagem positiva que deveria ser abraçada pela humanidade. Arremesse as sete chaves do ódio, medo, insensatez, a ganância, ignorância, da doença e...qual seria a última? Esta era a voz de Michael Kiske em 1988 confirmando ser um dos maiores vocalistas de metal de todos os tempos.

10ª - Kayleigh - Marillion - Sempre citada como uma das, senão a melhor música composta pelos ingleses mais famosos do rock progressivo, a música Kayleigh está presente no 3º álbum de estúdio da banda, Misplaced Childhood de 1985 e é uma espécie de balada com um sentimento angustiante de nostalgia por um amor que se foi. Destaque para o belíssimo solo de guitarra de Steve Rothery.