sábado, 10 de novembro de 2018

20 anos de For Blood, Honour And Soil do Twin Obscenity


Uma pérola do Death/Black norueguês. Um perfeito adjetivo para o 2º álbum do Twin Obscenity que nos mostra como o mundo da música pode ser injusto, uma vez que outros conterrâneos deste trio têm muito mais prestígio por aqui, apesar da qualidade musical estar anos luz de distância. Mas como já dizia o sábio poeta português... "gosto é que nem bunda..." então concentremo-nos no álbum. Lançado pela Century Media em 1998 e nunca mais relançado, esta obra é perfeita para amantes de um Black Metal que pode até se aproximar do chamado Sinfônico mas que mesmo cheio de melodias ainda é uma obra ríspida com momentos mais calmos. A porrada começa com a rápida In Glorious Strife, com guitarras serrando, bateria rápida sem ser aquela metranca ultrasônica, a velocidade aqui está mais concentrada nos pedais, e vocais cavernosos num misto de gutural rasgado com eco de caverna, excelente aliás. Os teclados fazem uma camada em alguns momentos enriquecendo o som e um dedilhado rápido antecipando o solo mostra o bom gosto do trio Atle Wiig (vocal e guitarra), Knut Naesje (bateria) e Jo Arild Tonnessen  (baixo). The Usurper's Throne na sequência é bem mais arrastada, com uma quebrada privilegiando o baixo e um belo vocal feminino de Mona Undheim, a vocalista/tecladista do Myriads. A faixa título do CD é uma das melhores da banda, com uma base empolgante, belos riffs de guitarra, vocais raivosos e mais vocais femininos. Não destaquemos outras canções, este álbum foi feito para ser ouvido do início ao fim. Já completa 20 anos e muitos amantes do estilo não conhecem, então corra pro YouTube, encontrei um up lá com o volume muito baixo mas que dá pra sacar a qualidade bélica do Twin Obscenity.

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