domingo, 27 de janeiro de 2019

20 anos de Tonight's Decision do Katatonia


Se você é fanático por Dance of December Souls, Brave Murder Day e os Eps do início de carreira dos suecos do Katatonia, e se decepcionou muito com o 3º álbum de estúdio Discouraged Ones de 1998, pode esquecer este Tonight's Decision, porque ele nada mais é do que uma continuação melhorada de seu antecessor. Se acostumando com o novo estilo os músicos Jonas Renkse, Anders Nystrom e Fredrik Norman mantiveram o estilo melancólico e sem agressividade, com andamentos retos, ou seja, não espere por muitas variações dentro de cada música. O álbum foi gravado no Sunlight Studio com produção de Paul Loasby e mixado no Polar, ambos em Estocolmo. O lançamento foi pela Peaceville, já acostumada a este tipo de som, pois trabalhou com Anathema, My Dying Bride, Autopsy (que teve sim uma fase Death Doom) e outros grandes nomes. Contando com a ajuda de Dan Swano na bateria, que não faz nada demais além de manter o ritmo cadenciado de cada canção. As letras são bem pra baixo, com o tema escuridão bem frequente, mesmo que em algumas apareça um pequeno traço de esperança, como na faixa Right Into The Bliss. O álbum apresenta uma versão para a música Nightmares By The Sea, do cantor e guitarrista norte americano Jeff Buckley, que morreu afogado em 1997 com 30 anos, e que convenhamos, tem um título e letra bem reflexivo sobre sua própria morte. As melhores músicas deste álbum são In Death, a Song, Right Into The Bliss Strained e A Darkness Coming, pelas partes melancólicas. Pode não estar entre os melhores álbuns do Katatonia, mas a arte da capa com certeza é uma das melhores, o que no fim das contas, não é bem o que mais conta. 

sábado, 19 de janeiro de 2019

10 músicas com a letra 'L' que você precisa ouvir antes de morrer.



O Metal & Loucuras separou 10 hinos do Heavy Metal que não podem faltar no seu play list.


1ª - Little Julie do Sarcófago. Uma vez a milhões de anos li numa revista um fã de Sarcófago descendo a lenha no EP Crush Kill Destroy, mais especificamente por causa de Little Julie, a música que novamente fala da rainha da Meia Noite (Midnight Queen do The Laws of Scourge),dizendo que a banda se vendeu e aquela chatice radical de sempre. Bem, aqui estamos com o número 1 da seleção que fizemos sobre 10 músicas que você não pode morrer sem ouvir e vamos ser bem sucintos: Little Julie é uma das melhores canções do Sarcófago porque melodia, classe, ódio e peso estão misturados num dos maiores clássicos do metal nacional. Não é o caso de se vender criatura. É saber fazer o melhor sem medo de críticas hipócritas.


2ª - Lovelorn Rhapsody do Anathema. O melhor álbum de Death Doom já lançado sobre a Terra começa com esta música. Funebremente arrastada ela cheira a morte e desolação. Vocais cavernosos que lembram o choro dos demônios e um instrumental que cresce e ganha velocidade, raiva e agonia, após um dedilhado para secar as últimas lágrimas. Quem não perdeu alguém que muito amou que atire a primeira pedra.


3ª - Leper Messiah do Metalllica. Lembra aquela batida pausada de For Whom The Bells Tolls? Póis é, ela veio cheia de groove e peso em Leper Messiah, aquela canção que james escreveu pensando nos anos de religião que seus pais tentaram lhe empurrar. Uma música de destaque num dos mais respeitados e lembrados álbuns de Thrash do mundo com certeza tem muito o que dizer. Aumente o volume porque é Metallica anos 80.


4ª - Legacy of Kings do Hammerfall. Dizem que o segundo álbum é a prova de fogo para a banda provar que conceber um play com menos tempo e mais pressão superando ou mantendo as expectativas em relação ao primeiro continuam. E o Hammerfall conseguiu facilmente se superar. Ouvindo Legacy of Kings, a faixa título, fica fácil saber o que estes suecos significaram para o Metal tradicional na virada do milênio. Pago duas rodadas de cerveja se você não ficar o resto do dia cantando o refrão desta música após ouvi-la.


5ª - Lady Temptress do Tiamat. Os suecos do Tiamat nunca se prenderam a um único estilo e já no segundo trabalho se afastavam do Death Metal de Sumerian Cry, criando músicas mais arrastadas e flertando com o Death Doom que começava a ganhar o mundo a partir dos vizinhos ingleses. Lady Temptress fica no meio termo, apesar de ter uma parte mais arrastada ela ainda é uma música cadenciada com vocais guturais sem forçar muito e de fácil compreensão. Bons músicos (como quase todos que vêm de lá) e muito bom gosto. Estavam no caminho certo para o pódio.


6ª - Luciferian Times do Malefactor. The Darkest Throne veio definir os rumos da carreira dos baianos do Malefactor. E Luciferian Times é o destaque do álbum que mescla Black Metal com Epic Death Metal e traz um toque de flauta em sua metade que deixa o queixo caído e um sorriso no rosto, daqueles que fazem você pensar: Esta banda vai longe e eu virei fã. E eles cresceram como banda a partir daí e hoje são uma das maiores do Brasil. Ouça e se surpreenda.


7ª - Leather Rebel do Judas Priest. Falar de qualquer música presente em Painkiller é muito gratificante, afinal isto não é um disco, é uma aula de Heavy Metal. E mesmo que a faixa título e a balada pesada Touch of Evil sejam os maiores destaques, todo o restante é de tirar o chapéu. Leather Rebel destaca a voz de Halford e em alguns momentos nos faz pensar que poderia até estar no álbum War Of Words do Fight, o próximo registro de estúdio de Halford, após deixar o Judas.


8ª - Living For The Kill do Torture Squad. A música que abre um dos melhores trabalhos do Metal Nacional (após a intro MMXII) foi escolhida para apresentar ao mundo a banda vencedora do Metal Batlle no Wacken da Alemanha, maior festival de Metal do Mundo e que gerou o contrato para gravação de Hellbound em 2007. Poderia escolher qualquer música? Living For The Kill é agressiva e muito técnica, daquelas que os curiosos que os ouviam pela primeira vez abriam a boca e arregalavam os olhos dizendo: Que som dukaralho!!!


9ª - Lonely Sufferance do Eternal Sorrow. Ah os bons tempos!!! Quem curte um bom Death Doom conhece o Eternal Sorrow de Curitiba e quem tem o álbum de estreia lançado pela Demise Records em 1998, o clássico e em extinção The Way of Regret deve guardá-lo a 7 chaves. Uma relíquia, onde se esconde Lonely Sufferance como um animal ferido no fundo de uma caverna, atordoado e pronto para cravar os dentes em quem quer que se aproxime. este éo sentimento. Até no Youtube vai ser difícil de você ouvir esta pérola.


10ª - Leave Me Alone do The Mist. Quando falamos de The Hangman Tree, um dos melhores álbuns de Metal do mundo, várias músicas são lembradas, como a excepcional God of Black And White Images (de arrepiar), Scarecrow e seu refrão chorado, Peter Pan Against The World ou o belíssimo cover de Toxin Diffusion do Psychic Possessor. Porém Leave Me Alone, lá no final do play, com uma das letras mais depressivas do Metal Mineiro (afinal estamos falando do poeta Vladimir Korg) e um instrumental cheio de paradinhas e indo de momentos mais cadenciados à thasheira tradicional, fica meio esquecida no meio de tanta informação. Mas justamente por isso é daquelas músicas que quando você pára pra ouvir acaba sempre se surpreendendo, batendo cabeça e viajando, como se ouvisse pela primeira vez. 





domingo, 13 de janeiro de 2019

20 anos de Hatebreeder do Cildren Of Bodom


Não há muito o que falar quando uma banda atinge a perfeição e grava o melhor álbum de sua carreira. E foi o que conseguiram os finlandeses do Children of Bodom Alexi Laiho (vocal e guitarras), Alexander Kuoppala (guitarras) Henkka Blacksmith (baixo), Janne Warman (teclados) e Jaska Raatikainen (bateria) neste Hatebreeder de 1999, segundo play da carreira, após o início bombástico com Something Wild em 1997. Gravado no Astia Studios e masterizado no já famoso Finninvox da terra natal, o álbum traz um Death Metal melódico agressivo, com bases de guitarras excepcionais, teclados  sempre presentes duelando com as guitarras nos solos e vocais rasgados de Laiho que já começava a ser considerado um dos melhores guitarristas desta geração. Com algumas passagens aqui e ali da música clássica de Mozart o álbum consegue render os fãs de Death Metal tradicional e Black Metal Sinfônico, tornando o C.O.B. uma das maiores bandas naquela mudança de década. Esse não dá pra ficar citando faixas, pois teríamos que descrever todas elas. São homogêneas no aspecto de não fugir em nenhum momento à proposta da banda e são diversificadas quanto ao bom gosto na escolha dos riffs e arranjos que fazem de cada música um momento único. É para ouvir do começo ao fim e repetir sem medo de ser feliz.