domingo, 27 de julho de 2014

Barbarian

Em 2003 os baianos do Malefactor lançaram mais um petardo, o terceiro de sua discografia, com o título de 'Barbarian'. Acentuando de vez sua veia épica, através de um epic detah metal repleto de melodia, sem deixar de ser extremo. Agora pela gravadora baiana 'Maniac Records', o Malefactor chegava entre as maiores bandas do novo milênio no Brasil, ao lado de outros como Torture Squad e Drowned. Depois de uma intro no teclado e vozes invertidas vem a poderosa 'Echoes of Lemuria' com vocais predominantemente rasgados e guturais em alguns momentos, teclados acompanhando e guitarras épicas. Um começo perfeito para quem já era fã e também para os que não conheciam mas já gostavam de bandas como Thyrfing. 'The Pit' tem um ótimo riff com as guitarras bem na cara, com aquela camada de teclados ao fundo e o refrão com o vocalista Vlad repetindo as palavras, o que ficou bem bacana, e depois cai em uma passagem estilo marcha de guerra. Simplesmente a melhor música deste trabalho. 'Barbarian Wrath' começa com um teclado que  lembra o folk metal e aquele ôôô imitando um coral, característica que aparece em outras músicas também. É a primeira faixa com vocais limpos, após o refrão se repetir a música vai crescendo até os solos de Jafet e Danilo, para entrar em uma passagem mais introspectiva e o retorno com os vocais limpos no melhor estilo do álbum de 2001 'The Darkest Throne', bela música.
'Nightfall' é a música que tem o refrão mais legal e um belíssimo solo de Danilo em uma passagem ímpar. A qualidade segue com 'Followers of the Fallen', 'Returning...to Unholy Grave', 'Forgotten Idols' com paradinhas e vozes em coro, '300 From Sparta' e volta a surpreender com 'Summoning the Braves' com um belo dedilhado de início, e mais uma bela canção destes bárbaros da Bahia. Mais um álbum que entrou para a história do metal nacional.

domingo, 13 de julho de 2014

Unholy March


A história do Evil War começa de um racha na conhecida Murder Rape. Após lançar o clássico ...And Evil Returns em 1996 os membros Sabatan (vocal), Azarack (guitarra) e Ichthys Niger (bateria) deixaram a banda para unirem-se a Typhon Seth (baixo) e Haborym (guitarra) para dar início a esta horda impiedosa do black metal de Curitiba. E que melhor nome poderia se batizar a banda para representar a guerra do mal que seu som faz passar? Na capa de Unholy March de 2001 já temos um exército de seres medonhos que marcham após deixar um povoado em chamas. E no desenho por trás do CD um escudo contendo um corvo, dois machados cruzados e as letras E e W cravados, o mesmo escudo que aparece esfacelado e sujo de sangue no álbum seguinte, como se fosse mostrado logo após uma batalha sangrenta. Aliás a arte gráfica promovida pela banda em conjunto com a gravadora Somber Music é espetacular. A introdução com sons de raios ao fundo é uma marcha de guerra no teclado com acompanhamento da bateria e uma voz aterrorizante saudando a ideologia black metal. A primeira música é 'Revelations From An Old Age' com os vocais mais rasgados, apesar da característica maior de Sabatan ser o gutural. O trabalho de bateria de Ichthys Niger é fora de série, muita técnica e blast beats muito bem encaixados. A diferença logo sentida em relação ao antigo Murder Rape é a velocidade que o Evil War imprimiu ao som, que outrora era aquele black mais próximo do dark.


 'Born By The Rape Of One Beast' segue com toda escuridão que pede o som e vozes dobradas. 'From The Darkness Come The Queen' é a que mais lembra a antiga banda de Sabatan, inclusive com uma passagem muito parecida, com aquela risada sinistra encontrada em Celebration of Supreme Evil. 'Unholy March' é uma faixa épica com os sons de uma batalha no início e uns riffs de guitarras maravilhosos lá pelos cinco minutos e meio. E toda qualidade do Evil War segue latente nas últimas três faixas 'Memories From The Last One', 'Battle Of The Honour' e 'Conqueror's Saga', esta última com um início digno das maiores hordas do metal da guerra. Um trabalho digno e que todo fã de metal extremo deve conhecer.