sábado, 25 de janeiro de 2020

Sadistic Messiah - High Voltage Demons


Que álbum sensacional!!! O Sadistic Messiah foi formado em 2018 por Rhodz Costa do Bewitchment paulista e em pouco tempo jogou nas redes sociais o single com o nome da banda, sem divulgação de quem estava por trás do projeto. A ideia rapidamente viralizou e todos queriam saber do que se tratava aquele Thrash Metal ultra extremo na melhor linha européia e americana. E em Outubro de 2019 o Sadistic Messiah atira no mercado o artefato High Voltage Demons, seguramente um dos melhores lançamentos nacionais do ano. E olha que 2019 foi um ano fantástico para o Metal em matéria de lançamentos. Contando com uma arte bacanérrima do artista Márcio Aranha, com criaturas monstruosas ganhando vida e saltando de games de fliperamas para o terror das criancinhas, a capa do álbum é perfeita para o estilo adotado pela banda. Com uma intro chamada From Beyond que lembra um pouco o início de Blackened do Metallica, a faixa título chega chutando a porta com coturno de bico de aço, ou melhor, com surrados tênis brancos de cano alto, na extensão de calças jeans rasgadas. O vocalista é Danilo Angelcorpse do Hellish Grave, banda de Black Speed Metal já há 9 anos na cena nacional, que fez um trabalho matador e ganhou um 10 na lição de casa. Vocais rasgados mais comuns às bandas de Death/Thrash, que deixou tudo mais agressivo. O play nos brinda com solos lindos como em Earthshaker Nightmares e em The Crucifix Slaughter, riffs no melhor estilo Kill 'Em All como em Die By Witchcraft, além de uma das melhores músicas que já apareceram no estilo, a fodástica Mastermind of Insanity. Fãs de Destruction, Sodom e dos riffs do Metallica, tudo isso que foi executado com magia nos anos 80, com certeza irão amar o petardo. São 33 minutos intensos, com tudo feito com muito esmero, garra e competência, High Voltage Demons em pouco tempo estará no hall dos clássicos do metal nacional e o Sadistic Messiah, continuando nesta pegada, em breve será um dos grandes nomes da cena brasileira. Merece e muito o carimbo de FUDIDO do Metal e Loucuras.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

20 anos de We Are Motorhead do Motorhead.


Uma máquina de compor. Enquanto existiu, o Motorhead sempre esteve compondo e tocando, então não sei o que mais estes caras faziam da vida. Ok, eles ainda bebiam e curtiam a mulherada, então só nos resta imaginar que eles apenas não dormiam. E mais uma vez não dormiram no ponto ao lançar um novo álbum no icônico e apocalíptico ano 2000. Sendo este o décimo sexto trabalho de estúdio, os ingleses já no quarto álbum novamente como um trio (formado por Lemmy Kilmister no baixo e voz, Philip Campbell nas guitarras e backing vocals e Mikkey Dee na bateria) despejaram músicas de calibre grosso, um play que já começa poderoso pela arte da capa, com o tradicional mascote estilizado como um guerreiro orc em plena atividade bélica. O petardo de 10 músicas começa com a rapidíssima See Me Burning quebrando absolutamente tudo pela frente, seguida da poderosa Slow Dance, com riffs pesados e de Stay Out Of Jail, que puxa um pouco para o Hard Rock sujo. A boa surpresa vem na sequência com um cover tri legal de God Save The Queen dos Punks do Sex Pistols, que até você que não digere muito bem o estilo, com certeza vai levantar o pé no mosh. Out To Lunch é energética e lembra bem a fase com 2 guitarristas, ressalvando-se a ótima voz em que nosso Lemmy se encontrava. Wake The Dead começa com aquele jeito falado que ele sempre gostou e parte para aquela forma mais aguda, a música deixa muito espaço pro baixo e tem uma estrutura mais complexa que o normal da banda. One More Fucking Time segue aquela linha "minha balada que não é balada", mas sem muito brilho. Stagefright/Crash And Burn segue parecendo que Phil está tocando as notas de trás pra frente e tem um solo bem legal. (Wearing Hour) Heart On Your Sleeve mantém o padrão basicamente e a faixa título encerra em grande estilo, fazendo jus às demais porradas presentes no lado A da bolacha. Ouvindo um álbum destes é que a gente lembra que Lemmy nos deixou com muitas saudades.