segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

20 anos de We Are Motorhead do Motorhead.


Uma máquina de compor. Enquanto existiu, o Motorhead sempre esteve compondo e tocando, então não sei o que mais estes caras faziam da vida. Ok, eles ainda bebiam e curtiam a mulherada, então só nos resta imaginar que eles apenas não dormiam. E mais uma vez não dormiram no ponto ao lançar um novo álbum no icônico e apocalíptico ano 2000. Sendo este o décimo sexto trabalho de estúdio, os ingleses já no quarto álbum novamente como um trio (formado por Lemmy Kilmister no baixo e voz, Philip Campbell nas guitarras e backing vocals e Mikkey Dee na bateria) despejaram músicas de calibre grosso, um play que já começa poderoso pela arte da capa, com o tradicional mascote estilizado como um guerreiro orc em plena atividade bélica. O petardo de 10 músicas começa com a rapidíssima See Me Burning quebrando absolutamente tudo pela frente, seguida da poderosa Slow Dance, com riffs pesados e de Stay Out Of Jail, que puxa um pouco para o Hard Rock sujo. A boa surpresa vem na sequência com um cover tri legal de God Save The Queen dos Punks do Sex Pistols, que até você que não digere muito bem o estilo, com certeza vai levantar o pé no mosh. Out To Lunch é energética e lembra bem a fase com 2 guitarristas, ressalvando-se a ótima voz em que nosso Lemmy se encontrava. Wake The Dead começa com aquele jeito falado que ele sempre gostou e parte para aquela forma mais aguda, a música deixa muito espaço pro baixo e tem uma estrutura mais complexa que o normal da banda. One More Fucking Time segue aquela linha "minha balada que não é balada", mas sem muito brilho. Stagefright/Crash And Burn segue parecendo que Phil está tocando as notas de trás pra frente e tem um solo bem legal. (Wearing Hour) Heart On Your Sleeve mantém o padrão basicamente e a faixa título encerra em grande estilo, fazendo jus às demais porradas presentes no lado A da bolacha. Ouvindo um álbum destes é que a gente lembra que Lemmy nos deixou com muitas saudades.

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