Após a estréia em grande estilo em 1990 com Sexual Carnage o Sextrash ganhou reconhecimento, tocou muito, trocou a formação e atingiu um grau de qualidade gigantesco para lançar seu segundo filho em 1992. Funeral Serenade não só é o maior registro da banda mineira como está no rol dos maiores álbuns de death metal da história. Faço um paralelo entre os dois primeiros trabalhos do Sextrash com os do Headhunter DC da Bahia. Nos dois casos os primeiros álbuns sofreram influências do thrash, tanto nas bases e solos de guitarra quanto na batida da bateria. Já no segundo trabalho vieram com aquele death metal puro, na linha das bandas européias, cheios de pedais duplos e vocal gutural mais reto, apesar de Funeral Serenade ainda conservar um pouco da influencia thrash nas bases de guitarra. Também conheci este trabalho através do Headbanger Attack apresentado pelo Laranja (Chakal) na rádio Extra em 1993. A introdução soturna nos teclados e a mesma quantidade de músicas (8) que tem o segundo trabalho de cada banda também são coincidências.
As músicas são "Funeral Serenade" que já entra arrebentando tudo, Dead Man Visions (excelente), Bizarre e Wind Assassin (a mais trabalhada), Prohibited Angels, Make Sex Not War, Torment of a Suicide (acho que todas as bandas daquela época fizeram música com o tema suicídio) e Your Future. As letras continuam falando de sexo, morte e aversão ao governo. Naquela época este trabalho foi lançado em CD com a faixa bônus "Hot Juicy & Bitch", uma faixa bem legal com aquelas paradinhas no início e garotas dando gritinhos (hehe), ótima música. A Cogumelo está prometendo relançar este CD em formato duplo com algumas raridades da época, mas também virou novela porque não tem previsão de sair. A banda que gravou "Funeral Serenade" tinha apenas dois membros da formação original, Oswald Sheid (vocal) e Tomy Simmons (baixo). Os demais eram Mark Monthebarr (guitarra e teclado), Daniel Medici (guitarra) e Luck Arnold (bateria). Infelizmente Osvaldo morreu em 1997 após um acidente automobilístico.
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