O Sepultura conseguiu um contrato com a norte americana Roadrunner depois do lançamento de Schizophrenia e o 1º album desta nova parceria surgiu em 1989, o Beneath The Remains. Gravado no Rio de Janeiro, a evolução dos músicos se tornava cada vez mais latente e este trabalho abriu os olhos do mundo para o metal brasileiro. A faixa título que abre o álbum é uma cacetada que apresenta uma banda entrosada e com gana para conquistar o mundo. Apesar da inspiração nos americanos do Slayer, o Sepultura soava autêntico e original, e sua arte passou a ser referência para centenas de bandas que surgiram nos anos 90. "Innerself" mostrou um som cadenciado, excelente para a bateção de cabeça e gerou o primeiro (e tosco) video clipe. A música foi e ainda é um sucesso. "Stronger Than Hate" dá sequencia à pancadaria, com uma levada bem thrash metal e backing vocals acompanhando Max. Depois vem "Mass Hypnosis", uma das melhores de "Beneath", com o refrão mais cadenciado que o restante da música e paradinhas perfeitas, o pedal duplo comendo solto e a música cresce ainda mais em qualidade depois do 1º solo.
O ritmo acelerado continua em "Sarcastic Existence" e depois outra que está entre as melhores: "Slaves of Pain", que Andreas Kisser trouxe de sua ex banda, o Pestilence. Fecham "Lobotomy", "Hungry" e "Primitive Future". A capa que o Sepultura iria usar é a arte do álbum "Cause of Death" que os americanos do "Obituary" roubaram (ou seria a Roadrunner privilegiando seu filho preferido?) e que é bem mais bonita que esta que saiu em "Beneath The Remains". O que não tira o brilho do play deixando o Sepultura pronto para conquistar o mundo nos anos 90.
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