sábado, 29 de setembro de 2018

20 anos de Disco Destroyer do Tankard.


A capa do 8º disco de estúdio dos alemães do Tankard é horrível, porém o som é nervoso. Começando com a violenta Serial Killer a thrasheira come solta com riffs velozes e letra polêmica. Com um refrão bem legal e título bem estranho a http://www.planetwide-suicide.com (é este nome mesmo) mostra que 20 anos atrás os caras já estavam antenados na loucura da internet. Queen of Hearts detona aquele peso absurdo que impele nossos pescoços a jogar a cabeça para frente e para trás. E quando você ouve U.R.B. acaba esquecendo que está rolando um play de Thrash e mergulha totalmente no Punk com o humor negro de sempre dos beberrões, como: "Que dia, que dia, que dia, que dia. A vida é ótima quando o cemitério é a sua casa". A verdade é que desde que estreou no mercado fonográfico com Zombie Attack em 1986, Disco Destroyer representa o maior período sem um álbum de estúdio até então (3 anos), o que viria a se repetir mais uma vez apenas em 2017. Portanto os caras estavam sedentos por Thrash (e cerveja como sempre). Ouçam que refrão legal tem Tankard Roach Motel. E enquanto seus irmãos mais famosos estavam meio perdidos, o Kreator naquela fase experimental gothic/industrial e o Destruction sem seu líder Schmier e 8 anos sem um álbum, o Tankard manteve a fama do Thrash alemão no hall dos melhores do mundo ao lado dos americanos. Vida longa ao Tankard.

sábado, 22 de setembro de 2018

20 anos de Knights Of The Cross do Grave Digger


É impressionante a qualidade com que os músicos do Grave Digger, capitaneados pelo vocalista Chris Boltendahl, sempre imprimem em seus lançamentos, a começar pela parte gráfica, sempre com artes cheias de detalhes e bom gosto, característica das grandes bandas de Power Metal. Em 1998 a banda lançou Knights Of The Cross, dando sequência aos lançamentos baseados em temas épicos, sendo este sobre os Cavaleiros Templários e as Cruzadas, e para este álbum não foi diferente pois é uma das mais belas artes estampadas em um CD dos alemães. Teria que ser uma bela arte mesmo para acompanhar tão bela obra, carregada de momentos épicos, sejam através dos sinos do início de The Keeper of the Holy Grail, (que absurdo de música maravilhosa é essa?), seja através dos riffs estupendos de guitarras de Fanatic Assassins ou os corais muito bonitos da faixa título. Mas se quiser algo mais próximo ao metal puro e simples ouça Inquisition e toda a história da famosa Sexta Feira 13 dos templários. Completam o line up Uwe Lulis na guitarra, Jens Becker no baixo (substituindo Tomi Gottlich),  Katzenburg nos teclados e Stefan Arnold na bateria. Acha que acabou? Não, pois se ainda não conhece este clássico que completa 20 anos, comece por The Curse Of Jacques e se torne fã imediato deste trabalho fenomenal.










sábado, 15 de setembro de 2018

20 anos de Cruelty And The Beast do Cradle Of Filth




Do Underground para o mundo, eis a melhor definição para esta obra alucinada do Black Metal em relação aos seus criadores, que a partir de 1998 chegaram aos ouvidos de muitos que se tornariam fãs devotos, principalmente aos adeptos do Symphonic Black, de melodia e vampirismo. Começando pela belíssima arte de capa trazendo uma interpretação da famosa condessa Elizabeth Bathory em uma banheira cheia de sangue e o trocadilho do título com a clássica obra literária da Dama de Villeneuve, a banda inglesa começava a viver seu auge com Cruety And The Beast, sendo destaque em várias publicações pelo mundo, participando de festivais e colecionando também muitos haters radicais puristas apreciadores do Black norueguês e toda sua rispidez. Com o icônico Dani Filth nos vocais, Stuart e Gian nas guitarras, Robin Grave no baixo, Nicholas Barker destruindo na bateria e Lecter nos teclados, músicos que despejaram nuances enigmáticas e camadas de atmosferas sombrias, fazendo do álbum uma trilha perfeita para aquele filme de vampiros apocalíptico que você mais ama, através de temas como Cruelty Brought Thee Orchids, Beneath the Howling Stars, a maravilhosa Desire in Violent Overture e Lustmord and Wargasm, apenas alguns exemplos da destruição sanguinária desenvolvida por eles. 20 anos depois e ainda atual.

domingo, 9 de setembro de 2018

Vamos de Motorhead



Overkill
Matança
O único modo de se sentir o barulho é quando ele está bom e alto.
Tão bom que você não pode acreditar, gritando com a multidão
Não se preocupe
Pegue de volta para você
Não se preocupe
Pegue de volta para você
Matança
Matança
Matança

Em seus pés você sente a batida, ela vai direto pela sua coluna
Balance a cabeça, você deve estar morto, se isto não o fizer voar
Não se preocupe
Pegue de volta para você
Não se preocupe
Pegue de volta para você
Matança
Matança
Matança

Saiba que o seu corpo é feito para se mexer, sinta em suas entranhas
Rock 'n' roll não merece este nome se não te fizer mexer
Não se preocupe
Pegue de volta para você
Não se preocupe
Pegue de volta para você
Matança
Matança
Matança

sábado, 8 de setembro de 2018

20 anos de Vovin do Therion



O Therion migrou do Death Metal para o Symphonic Metal de uma forma radical e se tornou o pilar deste estilo quase improvável dentro do Metal. Vocais líricos e orquestrações fenomenais passaram a ser o destaque da banda de Christofer Johnsson e podemos dizer que Vovin, seu sétimo álbum, seja o mais conhecido e apreciado trabalho. Como carro chefe duas faixas inspiradíssimas abrem Vovin, sendo The Rise of Sodom And Gomorrah com teclados e orquestra iniciais se completando de uma forma tão perfeita que você se sente em um teatro à espera do início de uma ópera carregada de sentimentos mórbidos e profanos, enquanto Birth of Venus Illegitima nos transporta para cavernas escuras iluminadas por tochas e a sensação de olhos nos observando da escuridão. Muita melodia e um ambiente propício para uma fantástica viagem sonora através do tempo, ruínas e lugares ancestrais se fundem em nossa mente ao ouvir Vovin do começo ao fim. Para aqueles que pensam que o Metal é apenas para bater cabeça, preencham seus momentos de intimidade e paz interior relaxando ao som de Vovin e tenha uma experiência musical viajante e incrível.

domingo, 2 de setembro de 2018

Dark Angel ️



Formado em 1983 após 2 anos se apresentando como Shellshock o Dark Angel se tornou um ícone do Thrash Metal americano. Em 1985 lançaram seu debut We Have Arrived com Don Doty nos vocais, Eric Meyer e Jim Durkin nas guitarras, Rob Yahn no baixo e Jack Schwartz na bateria. Apesar do som cru a pegada da banda já mostrava que eles vieram para ser uma das forças do movimento encabeçado por Metallica e Slayer. E falando em Slayer o Dark Angel muitas vezes foi acusado de ser uma cópia da banda de Kerry King, principalmente após o 2º e ótimo álbum Darkness Descends de 1986, um clássico absoluto do estilo e que como mudança na formação teve a entrada do monstro Gene Hoglan,um dos bateristas mais técnicos e brutais desta terra, hoje destruindo na bateria do Testament. Músicas como Merciless Death e seu refrão inconfundível, Death Is Certain (Life Is Not) com a mesma pegada de Show No Mercy e Perish In Flames (quase um Death Metal a la Morbid Angel) continuam triturando pescoços mundo afora. Três anos se passaram e Leave Scars, melhor produzido que os anteriores foi lançado, agora com Ron Rinehart nos vocais e Mike Gonzalez no baixo. A velocidade continuou em faixas como The Death of Innocence, Never to Rise Again e a pesada Older than Time Itself. Até o cover improvável Immigrant Song do Led Zeppelin ficou legal com os agudos de Rinehart. Em 1991 o Dark Angel lançou até aqui seu quarto e último álbum de estúdio, o Time Does Not Heal com Brett Eriksen substituindo Durkin na guitarra. Com um som mais técnico, cheio de levadas difíceis e faixas bem longas este é mais um álbum ofuscado pelo Grunge que tomava conta do cenário na época. De lá pra cá a banda sofreu algumas paradas e teve reuniões mas ainda tem um futuro incerto.

20 anos de Ill-Natured Spiritual Invasion do Old Man's Child





Mais conhecido por ser o guitarrista do gigante Dimmu Borgir, Thomas Rune Andersen Orre, sob a alcunha de Galder, já trilhava o caminho do sucesso e arrebatava uma legião de almas apreciadoras de seu trabalho de nome Old Man's Child quando foi parar no Dimmu. As bandas até já haviam compartilhado o split clássico Sons of Satan Gather for Attack em 1999, um anos antes de Galder ir faturar mais no Dimmu, além de enriquecer extremamente a música da banda de Shagrath e Silenoz. Mas em 1998 o OMC lançava aquele considerado por muitos o seu melhor trabalho, tarefa dificílima considerando principalmente seus 4 primeiros opus. Galder gravou voz, baixo, guitarras e teclados e chamou ninguém menos que o sobrenatural Gene Hoglan para a bateria. Digamos que esta junção resultou em algo nada menos que fenomenal. Ill-Natured Spiritual Invasion é avassalador, black-death com muita melodia e técnica, o que gerou problemas para os shows que sucederam seu lançamento, visto que no palco o baterista não conseguia tocar mais que duas músicas gravadas por Hoglan, tamanha era sua técnica. Não vamos citar nenhuma faixa em especial deste petardo. É um álbum pra se ouvir por inteiro e ainda repetir tudo ao término da última música. Já completou 20 anos mas parece que foi ontem. Sensacional!!!

20 anos de Fireworks do Angra




O terceiro álbum da maior banda de power metal melódico do Brasil representou o fim de uma era, quando André Matos (vocal e teclados), Ricardo Confessori (bateria) e Luis Mariutti (baixo) romperam com a banda e deram lugar a Edu Falashi, Aquiles Priester e Felipe Andreoli respectivamente. Fireworks talvez seja o álbum mais progressivo da primeira fase, onde o teclado está bem evidente, o que faz do álbum um típico trabalho de metal melódico. Portanto se você é fã daquela veia mais Heavy Metal com guitarras bem pesadas e vocais estratosféricos e rasgados com certeza você não curte o CD. Mas se for daqueles que se impressiona com melodias bem colocadas, especialmente nas vozes, onde a suavidade te faz viajar literalmente (ouça a bela Lisbon e diga se estou errado) este é o trabalho certo. Outros destaques vão para Metal Icarus, com solos muito bem encaixados e um final mais rasgado que, diga-se de passagem, deveria ter sido mais explorado no disco, as bases de guitarras mais rock 'n roll de Paradise, a mais pesada Extreme Dream com um trabalho de bateria bem legal dando suporte aos solos, Gentle Change com uma bela passagem de piano na metade e Speed, a mais Power Metal de Fireworks.

20 anos de Stigmata do Arch Enemy






A Suécia é tradicionalmente o país com uma quantidade de bandas impressionante que atingem uma legião de fãs pelo mundo. E o Gothenburg Sound (que após pular as fronteiras recebeu o famigerado nome de Death Metal Melódico) talvez seja o estilo de metal mais peculiar ao país, já que nasceu naquelas terras através do visceral At The Gates. E em 1995 após deixar o Carcass, Michael Amott e seu irmão Christopher Amott, ambos nas 6 cordas, criaram o Arch Enemy, banda que carrega as características dos suecos do Entombed, um dos precursores do Death Metal sueco (outro importante movimento mundial), principalmente na semelhança dos vocais de Johan Liiva com LG Petrov, e a melodia agressiva de At The Gates e Dark Tranquility. Tudo isso antes de se tornar o fenômeno mundial com a entrada de Angela Gossow mais à frente. Mas Stigmata e a fase Liiva tem seguidores fiéis. A cadenciada Tears of The Dead com bases cadenciadas e uma leve camada de teclados ao fundo, além de um maravilhoso solo de guitarra é uma das melhores músicas desta fase e o vocal lembra muito também o ótimo Dave Ingram no Benediction. Que música sensacional para quem quiser começar a conhecer os trabalhos antigos do Arch Enemy sem se prender ao som mais intrincado que a banda faz hoje. Black Earth é uma das mais pesadas do trabalho e leva o nome do debut dos suecos. Outros destaques vão para a abertura com Beast Of Man e a saideira com a longa Bridge of Destiny. Completavam o time Martin Bengtsson no baixo e Peter Wildoer na bateria. Uma curiosidade, quem gravou a bateria na música Beast Of Man foi Daniel Erlandsson, contratado para gravar o primeiro álbum da banda e que ficaria com Amott em definitivo a partir do 3º álbum. Esta música foi apresentada à gravadora por Michael ao apagar das luzes e acabou sendo escolhida a faixa de trabalho de Stigmata.