O Death foi criado em 1983 com nome original de Mantas, por Chuck Schuldner nos Estados Unidos e carrega a importância histórica de ser um dos fundadores do estilo mais visceral até então, vencendo a barreira do tempo, se tornando um dos sub estilos fundamentais do heavy metal. Com seu legado resumido em 7 álbuns de estúdio, lançados de 1987 a 1998, o Death é daquelas bandas que não têm nenhum álbum a esconder em sua discografia, pois todos os opus são relevantes, cada um com sua peculiaridade tem uma legião de seguidores. Talvez por isso, cada top 3 possua uma perspectiva diferente e qualquer um dos 7 trabalhos podem fazer parte de uma postagem como essa. Vale pelo gosto pessoal de quem escreve, e serve como fonte para os que ainda não conhecem a obra do saudoso Chuck, que faleceu vítima de câncer em 13 de dezembro de 2001, aos 33 anos.
3 - Leprosy (1988) - O segundo álbum apresentou ao mundo uma banda bem mais técnica que aquela de Scream Bloody Gore. Contando com Rick Rozz na guitarra e Bill Andrews na bateria, Chuck gravou o baixo neste álbum, assim como no debut. O que ouvimos em Leprosy é o mais puro death metal tradicional. Entre passagens rápidas e levadas cavalgadas e pesadas, Chuck com sua voz rasgada e solos técnicos fincou de vez o pé na história do metal. Uma banda com característica própria e insuperável. Músicas como Pull The Plug, uma das melhores da discografia, Open Casket, alternando cadência e rispidez, e Left to Die, que influenciou outros trabalhos como Severed Survivor do ex Death Chris Reifert no Autopsy, no ano seguinte.
2 - Individual Throught Patterns (1993) - O time que Chuck juntou era daqueles para vencer o campeonato. Com Andy LaRocque (que participou dos maiores clássicos de King Diamond) na segunda guitarra, o monstro Gene Hoglan (ex Dark Angel) na bateria e novamente com o hiper técnico Steve DiGiorgio (Sadus) no baixo, o que poderia sair senão o álbum mais técnico da história do Death. Cheio de quebradeiras, vocal urrado, batidas ensandecidas, assim começa o play com a porrada Overactive Imagination, com solos belíssimos e aquele baixo destoante que só quem sabe muito manda bem. Todas as músicas seguem o mesmo padrão de qualidade, então... ouça!
1 - Symbolic (1995) - Melodia e brutalidade caminham lado a lado. Nada melhor para descrever este clássico de death metal mundial. Após incorporar doses progressivas em seu som, Chuck criou uma obra perfeita. Contando novamente com Hoglan na bateria e agora Kelly Conlon no baixo (que depois foi para o Monstrosity) e Bobby Koelble na guitarra, Symbolic simboliza a beleza máxima que o geralmente horrendo (no bom sentido) death metal pode alcançar. Músicas como a faixa título, Zero Tolerance, Empty Words, Sacred Serenity e 1.000 Eyes devem ser ouvidas centenas de vezes, e depois outras centenas. Absoluto e indispensável.