Depois de lançar um álbum longe de ser ruim, porém muito questionado por ser bem próximo do Death Metal, o Demonic de 1997, o índio Chuck Billy e o guitarrista Eric Peterson juntaram um "dream team" do Metal para gravar The Gathering, um dos álbuns mais aclamados da história da banda. O segundo guitarrista foi ninguém menos que James Murphy, conhecido por ser o mago das guitarras Death Metal, tendo gravado obras fundamentais do estilo como Cause of Death do Obituary, Spiritual Healing do Death e Dreams of The Carrion Kind do Disincarnate. O interessante é que Murphy não se lembra de nada que fez em The Gathering, devido a uma cirurgia para retirada de um tumor no cérebro logo após seu lançamento. Para o baixo veio o monstro Steve DiGiorgio, conhecido principalmente por fazer parte do Sadus, além de inúmeros outros projetos, incluindo 3 álbuns clássicos do Death e de The Fragile Art of Existence, do Control Denied, ao lado de Chuck Schuldiner, no mesmo ano em que saiu The Gathering. Na bateria ninguém menos que Dave Lombardo que esteve nos maiores clássicos do Slayer. De uma constelação desta não poderia sair nada menos que algo incrível!! A porrada começa com a matadora D.N.R (Do Not Resuscitate), com um timbre de guitarras sensacional, levadas de bateria insanas e os vocais excepcionais. Uma das melhores músicas da carreira da banda. Há momentos bem agressivos no álbum, como a quase Death Fall of Sipledome, que depois da primeira parte cai num ritmo bem "Death de Schuldiner" com um belo solo de guitarra que poderia estar em Symbolic. Falar de True Believer é óbvio, pois é uma das melhores músicas do trabalho, com Chuck Billy cantando daquela forma tradicional como em álbuns como Souls of Black. Uma música mid tempo pra curtir balançando a cabeça e batendo o pé no chão acompanhando a batida de Lombardo. "3 Days in Darkness" é outra que merece ser lembrada, com aquele ritmo cadenciado e o "ôôô" de coro que ficou bem legal, além de desacelerar até parar e voltar no mesmo estilo, com um solo típico de Murphy. A capa é interessante, apesar de um pouco confusa devido às várias letras sobrepostas no título e no logo da banda, com uma imagem feminia quase abstrata, bem característica da época, vide trabalhos como Outcast do Kreator, e aparece de uma forma bem diferente no lançamento em 2018 pela Nuclear Blast, além do bônus instrumental Hammer of The Gods, que originalmente tinha aparecido apenas na versão alemã. The Gathering pode ser traduzido como o álbum que fechou um período do Thrash Old School e abriu a era do Thrash com mais groove da banda. Um clássico que ultrapassou a barreira do tempo e merece ser ouvido sempre no volume máximo.
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