Hei de confessar que é a primeira vez nestes 20 anos que ouço "Far From the Sun", o sexto álbum de estúdio do Amorphis, e talvez isso possa refletir nesta resenha, uma vez que este trabalho precisa de mais audições para ser melhor compreendido. Verdade que esta fase em que a banda havia abandonado o death metal nunca foi atrativa para mim, porque ela não tem as duas características que mais aprecio no heavy metal, que são agressividade e melancolia. As melodias folk que a banda sempre carregou estão lá, a faixa de abertura, "Day of Your Beliefs" mostra isso claramente, e é até uma música bonita, pra se colocar no play do carro quando estiver viajando à noite. A faixa título também tem algum potencial para ser uma das favoritas do trabalho, mas algo em seu instrumental acaba incomodando, se tornando algo que deveria ser feito de outra forma, mas os vocais de Pasi Koskinen salvam a música. Como é o seu último trabalho como vocalista da banda, provavelmente você me lerá comemorando a entrada de Tomi Joutsen no ano seguinte, mas nem é demérito de Pasi, mas Joutsen tem uma voz muito superior. De modo geral nem sei afirmar se este álbum é melhor que seu anterior, o morno "Am Universum", temos um tema quase dançante em "Killing Goodness" e outro mais interessante em "God of Deception" até aqui o momento mais interessante do trabalho. A capa de "Far From the Sun" também não colabora para chamar atenção para o trabalho, o excesso de vermelho e a ilustração é de uma pobreza artística decepcionante. Enfim, uma fase em que o Amorphis jogou na série B do metal finlandês, e que pra mim, é um passado a ser esquecido.
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