"The Code Is Red... Long Live The Code" é o segundo lançamento do Napalm Death pela gravadora Century Media, e o primeiro de inéditas já que o debut foi um álbum de covers. O que temos aqui sem dúvida é um play do Napalm, com todas as características que você, criatura noturna, conhece. Bateria incansável e em alguns momentos (Sold Short) com levadas que remetem a estilos totalmente diferentes do death/grind e nem por isso soando como um bêbado numa reunião de AA. Temos algumas participações especiais ajudando Barney Greenway com seus gritos insanos. Estamos falando de Jeff Walker do Carcass na faixa "Pledge Yourself to You", que estava longe da cena a aproximados 8 anos, mas achei que seu vocal rasgado foi um pouco suplantado por Greenway em volume. Jamey Jasta do Hatebreed está presente em duas faixas, "Instruments of Persuasion" e na citada "Sold Short" e a presença mais significativa em termos de casamento bem sucedido, Jello Biafra do "Dead Kennedys" e outros, na ótima faixa "The Great and the Good", minha preferida no petardo. O momento estranho ficou com "Morale", uma faixa progressiva e pouco agressiva que, estranhamente ganhou um vídeo para divulgação do álbum, além da porrada de abertura "Silence Is Deafening". Todos os músicos desempenham um papel crucial na configuração do som, seja Mitch Harris nos riffs sujos, porém bem produzidos, ora mijando fora do pinico grind e nos presenteando com aquela sonoridade death inglesa de anos 90, mas quase todo o tempo carregando no grind clássico, Shane Embury com as 4 cordas estourando e enchendo o ambiente de peso e distorção, ou Danny Herrera empregando muita velocidade em todas as faixas. Tenho certeza que há 20 anos muitos fãs julgaram "The Code Is Red..." apenas mais um álbum do Napalm e hoje o tenham como um clássico.
domingo, 25 de maio de 2025
quarta-feira, 21 de maio de 2025
Entrevista com Gabriel Andrade (OSFIDECRUZCREDO)!!!
Metal e Loucuras – Gabriel, um prazer tê-lo em nossa página Metal e Loucuras. Se
apresente para nossos seguidores.
Meu
nome é Gabriel, como você me disse, sou comediante stand up e faço
vídeos de humor pra internet. Foi um jeito fácil que achei de
largar a engenharia.
M&L – A primeira coisa que chamou nossa atenção em seus vídeos, foi
a temática de metal extremo. A vida de cara do metal extremo numa
cidade do interior de Minas. Você é realmente um fã de metal?
Sim.
Desde criança. Meu pai ouvia algumas bandas de metal mas ele era
mais do rock nacional e progressivo. Acabei depois eu mesmo
descobrindo esse universo por conta própria.
M&L – Desde quando e quais bandas você mais curte?
Desde
que nasci. Não me lembro quando comecei. Eu curto todo o universo do
metal. Desde Black Sabbath até Rotting Christ. Sepultura, Velho,
Sarcófago, Venom, Death, Mayhem. Se tem guitarra, eu tô ouvindo.
M&L – Você tem postado a criação de uma banda, com o hilário nome
“Os Fi De Cruz Credo”. É só mais uma brincadeira, ou vocês
estão levando isso a sério? Você toca algum instrumento?
Começou
como uma piada mas depois a gente começou a fazer acontecer de
verdade. Eu toco guitarra e meu irmão, Vinícius, toca bateria. O
cabeludo que aparece nos vídeos como o personagem “primo”. A
banda somos nós
dois.
M&L - Qual será o estilo de metal?
Black Metal Mineiro!
M&L - Pelos títulos, será cantado em português, como serão as letras?
As letras serão sobre coisas cotidianas de Minas Gerais. Sempre em tom de comédia, porém levando a parte melódica mais a sério para de fato parecer uma banda. Porém sem esquecer que sou humorista, portanto segue sendo uma sátira.
M&L - Você mesmo está fazendo os vocais?
Sim.
Eu mesmo irei cantar. (Eu espero).
M&L - Vc citou um CD em breve num
vídeo, será físico ou apenas
streaming? Vocês mesmos vão lançar?
A
gente mesmo vai lançar e em streaming. A princípio nada físico
pelo custo que isso acaba gerando.
M&L -Existe uma preocupação em ser
comparados ao pessoal do Massacration?
Seria
uma grande honra ser comparado a qualquer coisa criada no Hermes &
Renato. Se eu sou humorista hoje, grande parte é por causa deles. Eu
costumo dizer que é como xingarem o Greta Van Fleet por parecer Led
Zeppelin. Meu amigo, se eu tenho uma banda e me dizem que tá
parecido com uma das maiores da história, pra mim é elogio.
M&L - Sendo o estilo o metal extremo, você tem a preocupação da galera mais radical não entender que se trata de diversão e começar a jogar pedras?
Eu
não dou a mínima pra isso, honestamente. Eu olho pra quem tá
gostando. O que me preocupa são as pessoas que estão rindo. Quem tá
odiando nunca me afetou na internet. Muito pelo contrário. Acho até
engraçado uns "marmanjo véio" se doendo porque acha que o
que ele gosta é sagrado. Me divirto demais com haters. E eles ajudam
no engajamento, então só tenho gratidão por eles. (risos)
M&L – E como realmente é a vida de um headbanger numa cidade do
interior, ou até mesmo da zona rural?
É
bem diferente da capital. A gente cresce ouvindo esse som e depois
acaba conhecendo meia dúzia de malucos que também gostam. Mas não
tem show pra ir, nem bar de rock. É só a gente com a gente mesmo.
Bebendo vinho barato na frente dos Correios e sendo amigo de todo
mundo. Punks, metaleiros e idosas. Todos juntos.
M&L – Muitos personagens aparecem nos seus vídeos, a maioria
apresentada como sua família. Eles realmente são seus parentes?
Todo
mundo que apareceu nos vídeos até hoje é da minha família.
Namorada, primos, irmãos, avó e até minha priminha
M&L – Qual tipo de vídeo tem maior interação dos seguidores?
Os
vídeos que a gente consegue juntar a vida na roça com as coisas da
banda. Esses são os que vão melhor.
M&L – O que você faz da vida, além daquilo que os seguidores seguem
nas redes sociais?
Faço
show de stand up há 7 anos e vivo disso.
M&L – Existe uma programação de lançamento de conteúdo ou você tem
aquela luz e do nada surge uma nova ideia e põe em prática?
Vem
do nada, gravamos sem roteiro e vou criando na hora. Edito no celular
mesmo e posto. Sem muita alteração ou cortes.
M&L – Conta pra gente, a herança da sua avó, aquele acervo
cinematográfico, foi real?
100%
real. Depois que ela faleceu fomos vasculhar as coisas dela e
encontramos dezenas de segredos. Dentre eles, os filmes.
M&L – Os títulos das músicas dos Fi Di Cruz Credo fazem sentido pra
todos os seguidores, ou só nós mineiros conseguimos entender
perfeitamente?
Todo
mundo entende, mas só o mineiro sente na alma. É a mais pura
verdade do nosso cotidiano. As pessoas acham que a gente exagera. Mas
Minas Gerais é um país.
M&L – Deixa um recado pros seguidores do Metal e Loucuras, que não
vivem apenas de metal, mas que ainda não conhecem mas podem conhecer
as loucuras do seu perfil.
Endereço do Instagram:
https://www.instagram.com/gabrielandrademg?igsh=aXl1N2VlaXIxdWdv
quinta-feira, 1 de maio de 2025
20 anos de Descent into Chaos do Nightrage!!!
O Nightrage reformou a cozinha para o segundo álbum, recrutando o baixista Henric Calrsson e o baterista Fotis Benardo. Novamente trabalhando no cast da Century Media com Fredrik Nordström agora como engenheiro de som e teclados, passando a bola da produção para Patrik Sten, o que não comprometeu em nada à qualidade em relação ao debut de 2003. "Descent into Chaos" é mais agressivo, deve-se dizer, e o novo batera trouxe uma velocidade maior, para acompanhar os riffs de Marios Iliopoulos e Gus G. Ao contrário de outras bandas de death melódico como Soilwork, o Nightrage quase não emprega nenhuma veia progressiva em seu som, o que podemos ouvir com brevidade em músicas como "Frozen", mas as faixas são mais retas e curtas, uma pequena referência ao metalcore americano. Algo que me agrada no primeiro álbum são os vocais limpos que ficaram a cargo do convidado Tom Englund do Evergrey, contrastando com os ótimos rugidos roucos de Tomas Lindberg, e confesso que quando soube que Mikael Stanne faria as vozes limpas neste play, fiquei ainda mais empolgado, pois quando ele cantou assim no Projector do Dark Tranquillity ele fez um trabalho soberbo, o melhor de sua carreira. Mas como convidado por aqui ele canta apenas na faixa "Frozen" com uma voz bem longe das lamúrias melancólicas que esperava, mas fazendo algo quase eletrônico. Decepção neste quesito é o que posso dizer. Algumas músicas como "Silent Solitude" lembram bem o debut, com uma veia mais melódica, mas no geral este álbum é um retrocesso e esperava mais dele. Porque nem sempre quando uma banda reduz as melodias e aumenta o tom agressivo não quer dizer que ela soe melhor. Gus é declaradamente um cara de boas melodias e elas não foram muito bem introduzidas por aqui. Faixas menos aceleradas como "Release" são mais agradáveis de se ouvir, mesmo que no geral a banda parece que não se empenhou em criar nada contundente e que fosse ser referência ao longo dos anos posteriores. Parece até que eles gravaram a fraca música instrumental "Solus" como desculpa para a veia mais metalcore, o que não reduziu em nada seu deslize. Pode ser que no mercado americano "Descent into Chaos" tenha se saído melhor por isso, mas como não sou americano, não vou passar pano.
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