sábado, 27 de setembro de 2025

20 anos de Supreme Black Victory do Perpetual Dusk!!!


A horda Perpetual Dusk teve uma vida curta. Oriunda de Belo Horizonte, Minas Gerais, a banda durou apenas 7 anos, de 2000 a 2007, e parece que ficou satisfeita em realizar o sonho de lançar um álbum completo, finalizando atividades pouco depois. O trabalho em questão é este "Supreme Black Victory", de 2005, lançado pela Cogumelo Records. A linha de black sinfônico não era uma tendência muito comum nas terras de Sarcófago e Sepultura, muito menos no catálogo da Cogumelo, mas o Perpetual conseguiu romper uma barreira, e com muita personalidade, diga-se de passagem. Com uma arte de capa cheia de detalhes, desenhada por Carina Alok, guitarrista do Agaurez e tatuadora, e produzido por Marcos Amorim, guitarrista do Drowned, o álbum tem seus instrumentos muito distintos numa produção cristalina. Os teclados de Renata Brandi são um grande destaque. Eles permeiam todas as músicas em camadas envolventes e de belas passagens. A bateria de Victor Bergamaschi tem quase sempre batidas rápidas, mas também acompanha os momentos mais melódicos e sinistros. As guitarras de Rafael Tamietti e Christian Leonhardt ficam sempre em segundo plano. Elas não possuem aquele peso característico da música sobre o palco, mas ficam entre riffs e aquele som de abelhinha (não gosto da expressão mas não há outro bom sinônimo disponível). Alguns solos são bem inspirados, como em "Unhallowed on My Lips", música que também apresenta vocais limpos, não muito constantes no petardo. O vocalista e também baixista é Arthur Bergamaschi, que tem os vocais rasgados. O baixo pode ser ouvido em passagens mais atmosféricas, como em "Promised Key to the Unholy Gates of Evil", música conhecida da demo de 2003 e uma das melhores do álbum. Uma pena o Perpetual Dusk ter se dissolvido tão cedo, seria interessante ouvir a progressão sonora deste artefato. Fãs do submundo metálico, o álbum ainda pode ser encontrado para aquisição e vale à pena.