Em 1989 a paulista Ratos de Porão, composta pelo polêmico João Gordo (vocal), Spaghetti (bateria), Jabá (baixo) e Jão (guitarra) se enveredaram por um lado menos punk e mais metal no álbum intitulado Brasil, apesar das músicas ainda serem curtas, já que o disco tem 18 faixas espalhadas por 30 minutos. A capa é muito bem bolada, ilustrando vários problemas sociais brasileiros ao redor de um campo de futebol, a paixão nacional que faz o povo esquecer as mazelas. As letras como sempre críticas com teor irônico vinham dispostas em um encarte em forma de jornal, onde cada letra é uma notícia. Mais um ponto para a criatividade do Ratos.
O disco todo é muito bom, mas podemos destacar algumas faixas, como "Amazônia Nunca Mais", "Aids, Pop, Repressão", "Lei do Silêncio", o hino "Beber Até Morrer", "Farça Nacionalista" e "Vida Animal". Criticada pelos punks à época, pelo som mais trabalhado, e acolhida de braços abertos pela comunidade metálica, podemos afirmar que apesar de ter um vocalista falastrão, porém com enorme carisma, o Ratos de Porão foi responsável por quebrar as barreiras que existiam entre metalheads e punks no país. Graças ao Brasil.
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