M&L – Você sofreu um acidente que deixou o Scourge parado por
mais de um ano. O que aconteceu?
JT - Sim, sofri um acidente de trabalho! Eu sou encarregado de
obras e cai de um andaime não muito alto mas como sou muito pesado (risos) a perna não resistiu ao impacto, fraturei a tíbia, joelho e tornozelo. Ficamos quase 1
ano sem ensaiar por isso, mas estou me recuperando bem e no segundo semestre
voltaremos aos palcos!
M&L – O quanto isso atrapalhou na divulgação de ‘Hate Metal’?
JT - Atrapalhou pacas pois 1 ano sem tocar é foda.. vamos
começar do zero novamente como se o CD tivesse saído agora (risos), mas todos os produtores e pessoas que nos procuraram pra shows entenderam bem a situação!
Mas sempre eu estava divulgando nosso trabalho pela net com resenhas e entevistas!
M&L – Qual a maior diferença você pode apontar entre o debut ‘...On
The Sin, Death, Lust and Hate’ e’ Hate Metal’?
JT - Hate Metal é um trabalho mais consciente, mais direto, mais
porrada, foi feito com calma. O On The Sin..... é um ótimo CD também, só que mais
cheio de "gueri gueri" kkkkkk umas loucuras minhas de technical death metal, curto
pacas os 2 trampos mas Hate Metal é mais nossa cara!
M&L – O CIRRHOSIS é uma banda veterana na cena mineira. Por
que você decidiu deixar a banda para se concentrar no Scourge? Aliás, antes
disso houve uma passagem pelo Tributo ao Sarcófago. Como foi este período?
JT-Não deixei o Cirrhosis, me tiraram da banda (risos), daí passei um tempo sem tocar e resolvi montar o Scourge, eu tinha que tocar, sou
fanático em Death Metal! O tributo ao Sarcófago foi algo bem massa ,fizemos shows memoráveis
principalmente em Santiago com o Possessed. Jeff Bezzera é o cara mais louco do
planeta (risos), super humilde e alcoolatra (muitos risos). Cumprimos todos os shows marcados
pro tributo, daí aconteceram algumas coisas e decidimos parar por pedido da Cogumelo!
M&L – Você pode nos dizer que coisas aconteceram?
JT - Sim, posso com certeza, alguns produtores usaram de má fé "Fé? Kkkkkkk que porra é essa?", dizendo que era o retorno do Sarcófago e nós
nunca falamos isso, sempre deixamos bem claro que era apenas um tributo com ex
membros da banda! Sarcófago sem o Wagner não é e nunca vai ser Sarcófago! Daí a pedido da Cogumelo e do próprio Wagner paramos com o tributo!
M&L – Existem muitas influências do Sarcófago no Scourge,
começando pelo nome da banda, que remete ao clássico The Laws of Scourge, além
do nome do novo álbum e do logo da banda. O quão importante é o Sarcófago para
você?
JT - Sempre fui fã do Sarcófago, conheço o sr anticristo desde moleque antes de começar
escutar metal, o nome Scourge saiu sim da música The Laws Of Scourge, agora o
logo quando fiz nem me lembrei do logo do Sarcófago, foi o único tipo de letra
que consegui desenhar com uma caneta Bic
e uma régua kkkkkkkk não foi intencional!
M&L – Vocês conseguiram um feito de fazer inveja em qualquer
banda de metal extremo no Brasil, que foi a participação de Wagner Lamounier na
música ‘The Bread That God Crushed’ e na produção do álbum. Como rolou essa
participação?
JT - Então como eu citei antes sou amigo do Wagner desde
moleque, um fim de semana ele estava aqui em Uberlândia e foi ao nosso ensaio, daí convidei ele pra participar do CD e ele topou na hora! Coisa de amigos mesmo, nada pensando, foi natural. Daí fiz a
música The Bread That God Crushed e pensei: essa é a musica pro Wagner
cantar! Mandei a música pra ele que encaixou
os vocais na parte que ele canta e ficou massa! A produção ele deu uma força
enorme, íamos gravando, mixando e mandava via e-mail e o Wagner ia dando os toques
em que mudar sobre timbres, efeitos, volumes etc etc! Fluiu tudo natural.
M&L – Fale um pouco da parceria do Scourge com a cerveja
artesanal Hate Metal Beer.
JT - Um grande brother aqui das antigas tem uma fábrica
artesanal, a Urubeer, ele disse que ia fazer uma cerveja pra banda e fez kkkkkk, daí falei pra ele fazer mais forte com 6,66 gl (teve ate uns carinhas ai que
copiaram minha idéia e lançaram uma cerveja com mesmo teor alcóolico kkkkkkk
plagiar cerveja é foda kkkk), agora vamos tentar lançar mais algumas pois acabaram todas rapidamente!
M&L – O famoso Triângulo Satânico Mineiro é um movimento que
fortalece a cena de Minas. Você acha que ele é até mais forteque a cena da capital mineira hoje?
JT - Pra falar a verdade o movimento aqui no triângulo tá muito
fraco, a galera só fica na net, não tira a
bunda do banco pra ir em shows, só os verdadeiros comparecem nos eventos, um
pouco que aparece sobre o triângulo satânico mineiro é puro jogo de marketing!
Tem várias pessoas que lutam pelo movimento aqui mas 60% são playboys que acham
que metal é moda! Em BH o movimento é muito mais coeso, as pessoas levam a sério
o metal!
M&L – Mas em se tratando de bandas com um som de respeito a
cena é forte, não?
JT - Com toda certeza! Minas tem várias bandas fodásticas, não
só em Minas o Brasil por um todo é
foda! Os gringos piram com o som de nossas bandas pois temos uma identidade
própria, Brasil não é só o pais do futebol, é o pais do METAL também! Metal Brasil Sempre!
M&L – Agora que você está recuperado, quais serão os próximos
passos do Scourge?
JT - Vamos começar a tocar ao vivo novamente no segundo
semestre. Estamos começando a compor o novo CD também com mais ódio e raiva dos
modistas! Agora somos um trio ficou mais fácil compor. Vamos recuperar o tempo
perdido!
M&L – Muito obrigado pela entrevista. Parabéns pelo álbum.
Deixe suas considerações para os que acompanham o Metal e Loucuras.
JT - O Scourge agradece a você pela oportunidade, valeu demais! A todos que acompanham o Metal e Loucuras lutem pelas suas idéias, pelo que vocês acreditam. Cultivem as verdadeiras
amizades! “HEAVY METAL não é moda. É um estilo de vida onde só os verdadeiros prevalecem”. VIDA LONGA AO METAL NACIONAL!!!!!