Dando continuidade às comemorações de 10 anos do Metal e Loucuras, postando 10 entrevistas com ótimas bandas de nosso cenário, desta vez trazemos para vocês o Last Conscious, portanto, aproveitem o momento, criaturas noturnas, toque no vídeo e ouça a música Political Loathing enquanto curtem a entrevista.
Last Conscious é uma banda de Death/Thrash formada em Santa Luzia, MG em 2015 e tem na formação o vocalista Gustavo Timóteo, Jefferson Soares e Fabiano Borges nas guitarras, AeD Vieira no baixo, e nossa entrevistada Lu Borges na bateria. Ouvindo o EP lançado por eles em 2017, Damn Thoughts, bateu aquela nostalgia dos maravilhosos anos 90 quando o Death Metal explodiu para o mundo. Dito isto, com a palavra: Lu Borges.
M&L - Lu, muitas formações de bandas femininas acabavam optando por um homem na
bateria, justamente por ser o instrumento que demanda mais esforço físico. No
Last Conscious acontece justamente o contrário. Conte-nos como você vê isso e
como se tornou uma baterista.
Lu - Eu vejo que não existe diferença de
gênero, é mais sobre o que corre nas veias, a vontade de fazer o som, e
expressar a nossa ideologia, independente de ser um homem tocando ou uma
mulher, o que vale é o compromisso e dedicação. Vale ressaltar que a cada dia que se
passa as mulheres estão mais presentes no ramo do metal, estão buscando seu
lugar, participando de bandas, produção de eventos indo em shows, isso é muito
importante para fortalecer a cena, não estão reprimindo suas acescências.
Comecei a tocar bateria com 25 anos
, naquele momento da minha vida foi desafiador, eu senti que poderia fazer,
ficava imaginando eu tocando bateria, tinha uma voz dentro de mim dizendo,
“você consegue”, corri atrás, comprei uma bateria que só tinha os tambores, e já estavam bem ruins, aos poucos conseguir montar ela toda, peguei alguns
vídeos na internet, e fui aprendendo, a primeira música que aprendi a tocar foi Back In Black do AC/DC, como eu já tinha uma bagagem de som, desde o Rock 'n Roll
ao metal extremo, fui colocando minhas influências na bateria, depois de um ano
me senti preparada para montar uma banda, onde surgiu Last Conscious, que veio
com uma ideia de fazer um Death Thrash. Como influências de bateristas posso
citar Dave Lombardo, Gene Hoglan, Steve Asheim, Mike
Portnoy, Neil Peart, Amilcar Christófaro.M&L - Não existe nenhuma delicadeza no som que vocês praticam, e você não tem dó da bateria, pelo menos quando ouvimos a banda a pegada é bem forte.
Lu - Sim,
temos realmente a intensão de brutalizar cada vez mais, a ideia é fazer um som
com a pegada mais suja, trazendo influências do metal old school, Death e Thrash
metal.
M&L - Hoje em dia a maioria das novas bandas de Death
Metal prefere o Brutal Death, algumas com uma pegada até mais técnica. O Last
Conscious vai contra a maré e pratica um excelente Death Metal Old School.
Quais são as influências de vocês?
Lu - Temos influências pessoais variadas,
cada integrante carrega sua própria influência, para a banda em comum somos
influenciados por Death, Vader, Deicide, Napalm Death, Sarcófago, Sepultura,
The Mist, Pestilence, Testament, Slayer, Pantera, e outras, dentro desse âmbito
musical.
M&L - A banda tem apenas o EP Damn Thoughts de 2017 na bagagem, mas já tem 2 vídeos (Black Water e Three Hours) lançados. Você acha que o fã se identifica mais com a banda que dá as caras divulgando sua imagem?
Lu - Hoje em dia sim, porque a forma de
escutar música é diferente, a música é mais vista do que só escutada, sempre
rola uma vontade de ver quem está tocando, como é a dinâmica da banda, coisas
desse tipo.
M&L - O lyric vídeo de Political Loathing foi lançado em outubro do ano passado, e a banda promete para os próximos meses o seu primeiro álbum completo. Como está o andamento?
Lu - A Political Loathing é uma música de
protesto, como um soco na cara para quem não enxerga a verdade sobre o que
estamos vivendo, a música estará como bônus track. Estamos na pré-produção do álbum,
finalizamos os detalhes das últimas músicas para começar a gravação, estamos
pesquisando e formulando ideias para a arte gráfica do CD, posso dizer que já
definimos o nome do álbum, que será Psychological Torture.
M&L - A
nova faixa é mais curta e direta, há uma mudança significativa em relação a
Damn Thoughts?
Lu - Sim, as músicas que compõem o álbum
estão mais diretas, e rápidas, bem diferente do EP Damn Thought, posso dizer
que algumas músicas tem uma linha melódica.
M&L - Soube que vocês estavam ensaiando A Step Into The Dark do The Mist para tocar nos shows. Isso aconteceu?
Lu - Sim , aconteceu nos dois últimos
shows que fizemos, BH Grot no Barreiro, e no JK Metal Fest em Santa Luzia, a
galera curtiu, e nos surpreendemos com a volta da banda, pois é uma grande
influência pra nós.
M&L - O novo logo é bem legal e é mais a cara da banda.
Lu - A mudança do logo veio ao decorrer
das composições das músicas novas, o nosso amigo Wesley Adrian Baterista do
Paradise in Flames/Mortifer Rage, nos apresentou um desenho que ele fez de um
logo com o nome da banda, todos nós gostamos, ficou mais expressivo, ao que nos
propomos fazer, então decidimos mudar.
M&L - Você continuará apoiando nos vocais?
Lu - Em algumas músicas sim, gostamos
dessa variação de vocal, nesse álbum, terá também vocais dos guitarristas
Fabiano Borges e Jefferson Soares.
M&L - Você é a responsável pela divulgação da banda nas redes sociais?
Lu - Não somente eu, mas todos os integrantes participam, dando opinião, sobre o conteúdo, arte, foto, vídeo, e
impulsionamento nas redes sociais.
M&L - Espaço aberto a suas considerações finais, o Metal e Loucuras agradece sua participação.
Lu - Satisfação praticar dessa
entrevista, muito obrigada por abrir espaço para falar um pouco da minha
história e falar também da banda, é muito importante para gente ter sido
convidados a participar desse programa. Ajuda a divulgar o nosso trabalho, são
pessoas como você que mantém a chama do metal, e do cenário underground acesa,
hail!!
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