sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

20 anos de Magica do DIO.


Cuidado com o que vai falar deste álbum, pois metade do time já se foi. Lançado em 21 de março de 2000 pela Spitfire Records, o álbum gravado na Califórnia muitas vezes é tido como o menos expressivo da carreira solo de DIO. Com uma estranha introdução falada numa voz futurística (sempre achei que o futuro não combina com o metal, a não ser que venha de uma banda de industrial metal) com as seguintes frases: ( Nós examinamos o manuscrito. As informações estão completas, mas não estão de acordo com os padrões lógicos. A carne não pode ser transformada em pedra
e devolvida ao corpo novamente. Continue a investigação com atenção especial dada a uma palavra. Magica!). Em seguida temos um tema instrumental dispensável (ou ela ou a introdução, não precisamos das duas) chamado Magica Theme. Mas este tipo de coisa pode ser explicada: o álbum é conceitual. E álbuns conceituais sempre têm algumas esquisitices que destoam do essencial para quem apenas quer viajar na música, sem se importar com a história contada. A primeira música de fato é Lord Of The Last Day. É uma faixa lenta, que não chega a empolgar, e passa muito longe dos famosos temas épicos perpetuados pelo baixinho, mas graças a Dio, lá está a voz fantástica, o elemento que salva qualquer trabalho musical, empurrando para longe qualquer chance de um material se tornar descartável. Fever Dreams tenta animar um pouco mais o ambiente mas ainda falta um pouco de brilho. Turn To Stone, mesmo que não tenha uma linha de riffs magistrais, consegue empolgar, tanto que Dio solta melhor a voz nesta faixa, além de um belo solo de guitarra em sua metade. Feed My Head começa maravilhosa, aí você pensa "puxa vida, até que enfim algo soberbo", mas ela tem uma mudança de rumo lá pelos 2 minutos que tira todo o clima, mesmo que lá no final a coisa melhore e as linhas vocais se enveredem pelo coral que ficou bem bonito. Eriel é uma faixa mais trabalhada, com riffs e uma linha de baixo cavalgada, daquelas que não deixam sua cabeça parada, além de um teclado acompanhando para dar o clima. Créditos para Craig Goldy, responsável pelas guitarras e também pelos teclados, apesar do baixinho também ter contribuído nas teclas. Jimmy Bain (falecido em 2016)  mandou muito bem nesta faixa com seu baixo pomposo. Simon Wright foi quem segurou a responsabilidade nas baquetas. O trabalho segue nesta pegada, com uma ou outra incursão de voz eletrônica (bem chato isso), passando por um tema romântico chamado As Long As It's Not About Love, e uma outra canção fantástica que é Losing My Insanity. Pra fechar o mestre conta sua história em 18 minutos mas, prefiro a música. Gosto de história em livros. 

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