terça-feira, 29 de junho de 2021

Vamos de Kreator, criaturas!

 


Música: Cry War

Álbum: Endless Pain (1985)


A noite inteira você pode sentir todo o sangue correndo

Morrendo para a morte da metralhadora

Chorando em um campo sem misericórdia

Morte em seus olhos você nunca tinha visto

Tormento todos os sacerdotes na terra

Todos os inimigos essa noite

Pregando todos os corpos na cruz

Escolhendo a risada suja de sua face

Grito de Guerra

Lanterna esta tomando todo a luz da sua face

Torturados sentem como a raça mais negra

Morrer todo o dia parece a mesma coisa

Gargalhando sobre os corpos nesse jogo

domingo, 27 de junho de 2021

Metal & Loucuras: 12 anos de muito Metal!!!


 

20 anos de The Birth of Misery do Adagio!


O Adagio de Araraquara iniciou suas atividades dentro do estilo A Bela e a Fera com o clássico "Romantic Serenades" de 1999, e até hoje é mais conhecido por aquele álbum e estilo, mas "The Birth of Misery" de 2001 traz uma banda madura, com melodias dentro do Dark Metal e muita criatividade. Mais um lançamento da Demise Records que despontava na época ao lado da Somber Music como duas forças para o metal underground que surgia nos guetos obscuros. Os músicos que participaram desta empreitada foram os já conhecidos Martin (guitarra), Fernando (baixo), Rogerio (bateria) e Themistocles no teclados, agora com novos integrantes, Alessandro (também teclados) e Fabiano (vocais), substituindo Jeferson, que tempos depois retornou a banda, que se encontra inativa. A bela capa poderia ser mais visível, se o logo da banda e o nome do álbum viessem em branco, e talvez por isso o play tenha passado desapercebido em algumas prateleiras (detalhe, demos uma clareada na foto apresentada aqui para ficar mais visível). O som do Adagio tornou-se ligeiramente mais rápido que no debut e os vocais, antes guturais, agora são rasgados, num legítimo death/black, mas o que chama a atenção são os riffs e solos de guitarras, muito bem executados, com passagens de teclados muito bonitas dando o toque final de extremo bom gosto. É meio complicado citar destaques em um trabalho homogênio como este, mas as melodias de teclado em "Tears of Blood" e o ritmo empolgante de "Succubus" são atrativos à parte, além dos riffs death/thrash de "Nightmare" em que os vocais de Fabiano às vezes apresentam um timbre quase Vladimir Korg em seus primeiros anos de Chakal. Um belo trabalho que completa 20 anos em nosso cenário nacional tão rico e diverso.

 

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Vamos de Megadeth, criaturas!

 


Música: Countdown To Extinction

Álbum: Countdown To Extinction (1992)

Espécies ameaçadas, enjauladas com medo

Baleadas a sangue frio, sem chance de lutar

A cena está pronta, agora pague o preço

Um incentivo ao ego, não pense duas vezes

Tecnologia, a batalha é injusta

Você engatilha sem se importar

Aperte o gatilho que te faz um homem

Pseudo-safári, a caça é enlatada

A caça é enlatada


Todos se foram, todos menos um

Sem defesa, nenhum lugar para fugir

Não sobrou nada, exceto um

É isto, esta é a contagem regressiva para a extinção


Conte a verdade, você não ousaria

A pele e o troféu, oh, tão raros

O silêncio fala mais alto que as palavras

Ignore a culpa, é a sua vez

O anagrama de mentirosos é "covil"

Cara, você nunca ao menos esteve lá

Mortos a alguns metros das jaulas

Tiro à queima-roupa, você é tão corajoso

Tão corajoso


Todos se foram, todos menos um

Sem defesa, nenhum lugar para fugir

Não sobrou nada, exceto um

É isto, esta é a contagem regressiva para a extinção


Daqui uma hora

Alguma espécie de seres vivos

Irá desaparecer para sempre da face da terra

E o ritmo está acelerando


Todos se foram, todos menos um

Sem defesa, nenhum lugar para fugir

Não sobrou nada, exceto um

É isto, esta é a contagem regressiva para a extinção

domingo, 20 de junho de 2021

20 anos de Horror Show do Iced Earth!


Que fim levará o Iced Earth? Será que a banda ainda lança algum trabalho ou encerra as atividades? Perguntas que devem pulular a cabeça de bangers pelo mundo afora após as atitudes impensadas de seu líder, o guitarrista Jon Schaffer, na invasão do Capitólio nos EUA, que lhe rendeu alguns meses de cadeia e a dissolução quase completa da banda, restando com ele apenas o baterista Brent Smedley. Independente do presente ou futuro, estamos a comemorar 20 anos de um de seus melhores álbuns, o poderoso Horror Show, lançado em 25 de junho de 2001, quando o Iced Earth estava em seu auge. Na cozinha tínhamos o baterista Richard Christy e o baixista monstro Steve DiGiorgio contratado para as gravações, além do segundo guitarrista Larry Tarnowski e o vocalista Mathew Barlow, aquele que melhor personificou a banda com sua voz inconfundível, viajando dos graves aos agudos como se tivesse duas gargantas. Com uma arte e letras voltadas a filmes e histórias de terror, temos desenhos de todos os temas no encarte, dentre eles lobisomen, Drácula e Frankenstein, deixando tudo bem interessante para fãs de cinema e música. Mesmo que o álbum não consiga superar os excepcionais "Dark Saga" e "Something Wicked", sua aura é mágica e temos clássicos inquestionáveis nele, apesar de todo o play ser excelente. A pegada cavalgada nas guitarras está lá, como na sublime "Jack", com Barlow cantando impecavelmente, passagens acústicas de extrema beleza como em "Ghost Of Freedom" uma pegada meio egípcia em (claro) "Im-Ho-Tep (Pharaoh's Curse)" como já aparecera em "Something Wicked", interpretação e melodias fantásticas em "Dracula" que empolgam até os mortos vivos. E um peso sensacional na melhor faixa do trabalho, a épica "Damien", baseada no filme A Profecia, que nos fazia dormir com as luzes acesas quando éramos crianças. De quebra ainda tem uma versão para a instrumental "Transylvania"  do Iron Maiden. Um clássico irreparável que nenhuma besteira de seu líder pode destruir. "Horror Show" já está catalogado na história das obras primas do Heavy Metal.

 

domingo, 13 de junho de 2021

20 anos de Extreme Bizarre Seduction do Malkuth!

 


Os pernambucanos de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, seguiam fortes em seus caminhos pelo underground. Agora em seu segundo full, Extreme Bizarre Seduction, a banda que desta feita contou com apenas um guitarrista, e diminuiu a trupe para 5 (?) membros, apresentou um trabalho mais coeso (o que não significa melhor, já que o debut é esplendoroso), fruto do processo de amadurecimento pelo qual passavam os músicos. O uso dos teclados está acompanhando mais o instrumental, porém os vocais de Vital estão um pouco abafados, mas estão cavernosos, dando a tonalidade necessária para a obra funesta. Daniela Nightfall ainda era um diferencial no Black Metal dos nordestinos, já que cantava em algumas partes além das linhas de teclados, porém este foi o último trabalho a contar com a garota. Sua participação em especial na faixa "Devil Bride, Our Erotic Dark Desires" transformou a música em uma das mais clássicas deste álbum. A bateria é geralmente acelerada e temos um bom trabalho de guitarra no play, sendo perfeitamente distinguível até nos acompanhamentos de teclados que estão mais altos. Não sei dizer se esta arte original (já que o opus foi relançado com outra arte) é uma pintura dos séculos XVIII ou XIX, mas lembra bastante aquela época. O álbum foi lançado pela Demise Records e relançado em 2015 pela Obskure Chaos, então você ainda o encontra por aí. Aos fãs de Black nacional com teclados é uma grande aquisição, completando 20 anos de um grande nome do metal brazuca, que já tem 7 opus em seu currículo.   

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Vamos de Korzus, criaturas!

 


Música: Correria

Álbum: Ties of Blood (2004)

Correria

Correria

A voz do pânico

taquicardia


É quando rola a nóia

E não dá para resolver

Assustado, apavorado

Mergulhado na deprê

Na pressão sem consciência

A real é ilusão

Me sinto sufocado

No limite da razão


Correria

Correria

A voz do pânico

taquicardia


O stress do dia a dia

Vai minando o meu ser

Hoje confiança

Já virou um dever

Sinto falta do passado

Sinto falta de união

Só vejo gente fina

Dando uma de cuzão


Correria

Correria

A voz do pânico

taquicardia

domingo, 6 de junho de 2021

Kernunna

Pra ouvir sem moderação!

Banda: Kernunna 

Álbum: The Seim Anew

Música: Curupira's Maze

Ano: 2013 - Braia Produções.


Metal e Loucuras. 12 anos do melhor do Metal.



Vamos de Iron Maiden, criaturas!





Álbum: Somewhere In Time

Música: Caught Somewhere In Time (1986)


Se você tivesse tempo a perder

Uma mente aberta e tempo para decidir

Você se importaria em dar uma olhada?

Ou será que você consegue ler o meu pensamento?


O tempo está sempre do meu lado

O tempo está sempre do meu lado


Será que vou te convencer a vir comigo?

Não se preocupe, realize o seu sonho

Se eu dissesse que te levaria lá

Você iria, ou ficaria com medo?


O tempo está sempre do meu lado

O tempo está sempre do meu lado


Não tenha medo, você esta seguro comigo

Seguro como qualquer outro estaria

Sinceramente, apenas deixe-se levar!


Pego em algum lugar no tempo

Pego em algum lugar no tempo

Pego em algum lugar no tempo


Pego em algum lugar no tempo

Pego em algum lugar no tempo

Pego em algum lugar no tempo


Como um lobo em pele de cordeiro

Você tenta esconder os seus pecados mais graves

De todas as coisas que você fez de errado

E eu sei muito bem quem você é


O tempo está sempre do meu lado

O tempo está sempre do meu lado


Eu lhe farei uma proposta, você não terá como recusar

Você somente pode perder a sua alma

Para a eternidade, apenas deixe-se levar!


Pego em algum lugar no tempo

Pego em algum lugar no tempo

Pego em algum lugar no tempo


Pego em algum lugar no tempo

Pego em algum lugar no tempo

Pego agora nesta incerteza!

20 anos de Decipher do After Forever!


Após o início arrebatador com "Prison Of Desire" no ano anterior, os holandeses do After Forever gravaram seu segundo álbum em 2001, o clássico "Decipher". Após "Ex Cathedra" temos "Monolith of Doubt", uma das melhores músicas da carreira da banda. Com guturais mais contidos e a voz de Floor Jansen potente e maravilhosa. A banda mantém a atmosfera sinfônica operística do debut e alcança um nível surpreendente, se prestar atenção em "My Pledge of Allegiance #1" vai encontrar influência de nomes como Therion em passagens clássicas e com um ligeiro toque de morbidez, e de Tristania, com o peso e melodias lúgubres e melancólicas, potencializadas pela voz de Floor, que se mostrava uma das principais vocalistas do momento em ascensão (ou saturação?) do estilo. Você pode até sentir um pouco a redução nas vozes masculinas do líder e guitarrista Mark Jansen e do também guitarrista Sander Gommans, em relação ao debut mas, por mais que eles gritassem nas gravações, os holofotes já estavam virados para a performance de Floor, que conquistou de imediato fãs por todo o mundo. Com uma bela arte em tons verdes, "Decipher" caiu no gosto dos amantes do estilo (talvez não na velocidade esperada) e traz uma fusão perfeita entre o Heavy Metal e a música clássica. Cada canção é uma viagem ao mundo perfeito da música, onde o peso e a harmonia caminham de mãos dadas, como na porrada "Estranged (A Timeless Spell)" que poderia facilmente ser o fundo para uma tragédia da Disney e tem tantas mudanças fantásticas de andamento que você ficará perdido e extasiado ao mesmo tempo. A parte 2 de "My Pledge of Allegiance" supre as necessidades vocálicas agressivas, além de uma explosão na bateria de Borgman impressionante. Um álbum belo, agressivo e grandioso, completando 20 anos, de uma banda que poderia ter alcançado níveis bem maiores, se não fossem as mudanças de formação em tempos próximos e posteriores.