domingo, 29 de agosto de 2021

sábado, 28 de agosto de 2021

20 anos de Darkness And Hope do Moonspell!!


Após um início com pés e garras fincados no Black Metal, os portugueses do Moonspell deixaram aflorar sua veia gótica de uma forma tão impiedosa que assustou e afastou uma parcela de fãs. E com dois álbuns naquela linha (Sin/Pecado e The Buterfly Effect), a banda voltou a incorporar momentos extremos neste belo Darkness And Hope. Com uma linda arte de capa e na velha parceria com a Century Media, este álbum se aproxima bastante da sonoridade de Irreligious, com maior presença dos vocais graves de Fernando Ribeiro ao lado de algumas inserções rasgadas. O instrumental é carregado de emoções pouco agressivas, onde a tônica é a melancolia, caracterizada por muitas passagens acústicas e bateria hipnótica. Você pode vivenciar tudo isso na faixa título que abre o trabalho e é bem introspectiva, na excelente "Firewalking", que pode ser considerada a melhor do álbum, "Nocturna", que ganhou um vídeo clipe bem angustiante, mesmo que eu não consiga ver muita relação com a letra. "Devilred" é outro bom momento, e é uma das faixas com maior influência gótica dançante dos anos 80, e "Made of Storm" com destaque para as guitarras e vocais bem divididos. A primeira versão traz um cover excelente para "Os Senhores da Guerra" da banda conterrânea Madredeus e anos depois o álbum foi relançado com Mr. Crowley de Ozzy Osbourne em seu lugar (prefiro a primeira versão). Sabe aquela turma que tinha abandonado a banda nos últimos dois álbuns? As trevas de "Darkness and Hope" trouxeram-lhes esperanças novamente, e eles começaram a voltar pra casa.

 

domingo, 22 de agosto de 2021

20 anos de The Antichrist do Destruction!!!


Estamos diante do melhor trabalho do Destruction deste século, e com certeza um dos melhores da discografia, uma bomba atômica chamada The Antichrist, que não poderia ter uma arte de capa mais arrasadora, mesmo que eu prefira as capas onde nosso amigo açougueiro está presente. Após uma intro temos uma pancada chamada "Thrash Till Death" (como este tipo de título é clichê e maravilhoso ao mesmo tempo), com Sifringer mandando riffs rápidos, acompanhados pela cozinha vertiginosa com destaque para a bateria de Vormann e Schmier berrando seu amor pelo estilo que consagrou o Destruction como um dos maiores nomes do metal. Se acha que começou bem, saiba que tudo pode melhorar, pois "Nailed To The Cross" vem em seguida e é uma das melhores músicas da carreira, com um refrão simples mas que gruda na massa encefálica como um punhal. A pancada ainda recebe bons riffs em "Dictators of Cruelty" que faz você bater cabeça, mesmo que esteja no metrô após um longo dia de trabalho. Aí vem outra candidata a melhor do álbum, a fantástica "Bullets From Hell", cujo riff lembra Slayer da época Show No Mercy, e desce a ladeira na banguela quando vai entrar o refrão e depois volta pro riff "matador". Que música foda!!! O álbum segue em alto nível com "Strangulated Pride", "Meet Your Destiny", "Creations of the Underworld", a ótima "Godfather of Slander" que é outra cujo refrão gruda de imediato, "Let Your Mind Rot" e "The Heretic". Este é para comemorar 20 anos com velinhas em erupção e muito headbanging. 

 

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Vamos de My Dying Bride criaturas noturnas!

 



Música: Catherine Blake

Álbum: Songs of Darkness, Words of Light

Ano: 2004

Por isso, o tormento dos homens vil foi realmente um prazer

Uma planície que mudaria a humanidade para sempre


Catherine black dormiu agitada na

Noite de verão. No calor

Ela murmurou gentilmente e se moveu suavemente

Desta forma e aquilo. Oh, a beleza

Os seus lustrosos olhos, dedos delicados

Agarrou sua cama encharcada

Catherine sorriu. Tomou uma respiração fabulosa

Do ar de verão e saboreou a morte


A visita de Die Erorians foi bem sucedida

Com a noite de gritos femininos de gemidos

Sonhos lascivos

A noite seguiu desenfreada de

Delicados suspiros suaves

O último ataque ao céu e suas glórias

Seduzi-los enquanto dormiam, inconscientes de

Sua tentativa na meia-noite

A semente de destruição foi plantada

Fantasma violado em seus sonhos

Os tristes tomam suas próprias vidas

Mate seus homens noite após noite


Catherine black sonhou com um horror

De paixão e de terror

Sobre o peito silencioso, sombras varridas

Sombras acariciadas


A maternidade foi destruída pela semente

E jogada no lixo

Uma grande fenda nasceu. Os homens e o

Mundo estavam rasgados

As adagas entraram profundamente, vil e doentia

As mulheres varreram toda a infância de seus úteros

E ainda o senhor Deus permaneceu em silêncio

Sem enunciados, sem movimento, sem lágrimas

A terra tornou-se vermelha

As máquinas de corte do homem

Aqueça e ódio pelas vidas da mulher

O açougue, a selvageria, derramou

Para si mesmos

Um coro de agonia do céu e chuva caiu

Em um refrão de lágrimas de anjos

A criatura de todos os pecados. O senhor da

Morada mais sombria

Perguntou-se ao silêncio

O que o todo-poderoso sabia?

Todo o inferno encheu-se das gritantes almas

De homens mortos

O poderoso exército de Deus aguentou

Esperando que nosso senhor destrua todos eles

O grande poço de fogo. Hordas rasgadas

Caos surgiu, gritando do escuro

Observando seu filho escurecido, nos miseráveis

Cantos da terra

O grande coração de Deus curará a terra

O senhor observou como o seu amado escorria silenciosamente

De volta à escuridão abaixo

sábado, 14 de agosto de 2021

20 anos de Epic ( The Poetry of War) do Kataklysm!!!


Os canadenses do Kataklysm podem ser considerados workaholics, pois de 1995 para cá já gravaram 14 álbuns de estúdio, fora lives, eps e coletâneas. Mas hoje vamos falar do desgracento e quinto full, Epic (The Poetry of War). Se é pra botar "guerra" no título do play, então que a metranca atire sem parar até que não sobre um soldado nas linhas inimigas, porque o que o batera Max Duhamel faz aqui é indecente, e não encontrei palavra melhor. E este era o maior diferencial do Kataklysm naquela época (porque hoje meteram o pé no freio), aliar uma bateria metranca sem descanso (alguém falou Sarcófago e Krisiun aí?) a um instrumental old School onde o death metal passeia nos riffs do thrash depejando rajadas de destruição sonora que nem o escudo de vibranium do Capitão América consegue segurar. São o que fazem as duas faixas que abrem o ataque, "Il Diavolo In Me" e "Damnation Is Here" que não vão deixar você parar pra tomar uma água. Já "Era of the Mercyless, Roma (part 1)" e "As The Glorious Weep, Roma (part 2)" vêm mais cadenciadas, a primeira com vocais rasgados e a segunda com riffs bem pesados, e tentam soar mais épicas ao narrarem a seu modo a ascensão e queda do Império Romano. Mas "Shivers of a New World" trata de recolocar os canhões a disparar e cabeças para bater. Este álbum foi feito para fãs exigentes de death metal, que curtem tanto vocais guturais quanto rasgados, velocidade e peso, riffs pesados e criativos! Um grande momento na carreira de Maurizio Iácono (vocais), Max Duhamel (bateria), Stéphane Barbe (baixo) e Jean-François Degenais (guitarra).

 

domingo, 8 de agosto de 2021

20 anos de The Unholy Spell do Torture Squad!!


O Torture Squad é hoje um dos maiores nomes do metal nacional e muito desta história vem da qualidade deste trabalho que completa 20 anos, o destruidor "The Unholy Spell". Último trabalho lançado pela Destroyer Records (Krisiun, Claustrofobia, Genocídio e outros) e uma capa tirada de uma pintura do artista belga Jean Delville (1867-1953) que também estampou o clássico "Blessed Are The Sick" do Morbid Angel, o álbum traz um Thrash/Death de responsa, com riffs pesados e velozes, baixo arregalado (ouça The Host) e aprecie sem moderação, bateria como sempre na medida certa e os vocais sensacionais rasgados e guturais que permeiam toda a obra. Um álbum que abre com quatro faixas matadoras geralmente é aquele lembrado por uma eternidade e temos aqui um quarteto fantástico e violento composto pela faixa título que desce a ladeira como um rio que transbordou, arrastando tudo pelo caminho, "Warmonger" com sua rifferama quebrada e um trabalho de bateria intenso, "Spiritual Cancer" e "Abduction Was The Case", duas pedradas fabulosas, e ainda tem no repertório a magistral "Area 51" com um toque mais elaborado. Um trabalho fantástico que com certeza é o preferido de uma boa galera por aí, gravado por Victor Rodrigues nos vocais, Cristiano Fusco na guitarra, Castor no baixo e Amilcar Cristófaro na bateria. Obrigatório em qualquer coleção que se preze. 

 

domingo, 1 de agosto de 2021

20 anos de Demolition do Judas Priest!!!


Mesmo com a mudança na sonoridade e a troca de vocalista, Jugulator foi um álbum honesto com algumas boas músicas que merecem o devido respeito, como a grande "Cathedral Spires" e "Blood Stained", mas o que podemos falar de "Demolition", que veio 4 anos depois? Que Ripper Owens tem talento, é um cara super corajoso e entrou em 2 das maiores roubadas da história do metal, substituindo Halford no Judas e Barlow no Iced Earth, todo mundo sabe. E neste play ele continuou sem dever nada, sua voz realmente é muito potente, atingindo agudos sensacionais e imprimindo raiva com a voz mais rasgada. O que mais invoca os fãs tradicionais da banda são os aspectos modernos demais para uma banda formada em 1970 e talvez o Judas não tenha sabido moldar isso da forma correta, como o Accept por exemplo, que hoje faz um som bem atual mas com os 2 coturnos fincados no passado e sem exageros. Quando ouvimos a faixa de abertura "Machine Man" isso não é tão perceptível, é uma boa música, mas logo em seguida, "One On One" já traz muitos elementos industriais que ficariam ótimos num álbum do Rammstein, e este é o grande ponto. Os fãs do metal tradicional e hard rock do Judas não são os mesmos fãs do metal futurístico, pelo menos a maioria não. Talvez a banda quisesse seguir algo que o Fight, projeto de Halford, fez muito bem, mas o Fight era uma aposta, uma novidade, não existia um legado para respeitar. E novamente eu digo, Demolition não é um álbum pra se jogar no lixo, ele tem seus momentos bem agradáveis, só está fora de contexto. "Hell Is Home" é legal quando se ouve concentrado em outra coisa, "Jekyll And Hyde" é legal com exceção do solo de guitarra que parece feito no teclado, além de "Bloodsuckers" que é uma boa música, assim como a longa "Cyberface". Resta saber se após 20 anos ele chegou em um ponto em que pode ser apreciado com menos ressalvas, ou se continua fadado àquele trabalho fora da curva com poucos e fieis apreciadores ao redor do mundo.