quarta-feira, 1 de junho de 2022

20 anos de Maleventum do Opera IX!!!

 


O quarto álbum dos italianos do Opera IX foi o primeiro sem a vocalista Cadaveria, que decidiu seguir carreira solo, e o primeiro e único da vocalista Madra. No tocante aos vocais rasgados de black metal não podemos dizer que houve uma grande mudança, já que o timbre de voz das duas vocalistas é bem próximo, mas em momentos mais amenos, fica fácil perceber a diferença, pois os vocais limpos de Cadaveria são realmente femininos, enquanto quando Madra não está vociferando, ela apresenta algumas vocalizações mais próprias. O coral masculino é uma das novidades, como se houve na faixa de abertura, que dá nome ao opus. Na sequência "Princess of the Ancient" tem uma introdução épica muito bonita, e novamente os vocais masculinos mostram um diferencial para o álbum anterior que agrada bastante. Por incrível que pareça a banda soa melhor quando ataca com mais melodia, com riffs mais arrastados e teclados bem na cara, e quando tenta soar mais extrema deixa um pouco a desejar com um som ingênuo e aquém de uma banda já rodada como eles. Já "In The Dark I Found the Reflection of the Hidden Mirrors" percebemos uma banda tentando balancear estes dois pontos, e em alguns momentos soando bem mais agressiva que outrora. Madra com certeza não desapontou os fãs que estavam de luto pela saída de Cadaveria. Algumas inovações aparecem aqui e ali, como um violão em "Muscaria" e o início com a gaita de foles em "Forgotten Gods", coisas que destoam da característica mais gótica que a banda apresentava no trabalho anterior e que agora davam um tom mais pagan/folk ao Opera IX. Não é aquele álbum que mudaria o mundo mas é bom de se ouvir, mesmo que tenha perambulado por estes 20 anos apenas no Underground mais obscuro.

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