domingo, 29 de maio de 2022

20 anos de Natural Born Chaos do Soilwork!!!


Natural Born Chaos dos suecos do Soilwork é, muitas vezes, citado como o ápice da carreira da banda. Com uma simples, porém bela arte, onde alguém grita com borboletas saindo da garganta, arte predominantemente branca, cor contrária aos princípios básicos do heavy metal, que é o preto, pode se imaginar que a banda já pretendia cravar algo na contramão das imposições. Sendo uma banda que nasceu no berço do death melódico, a introdução frenética de vocais limpos em seu som já faz com que apaixonados do estilo ouvissem com mais atenção este trabalho para decidirem em que lugar de sua preferência o trabalho se encaixaria. Com uma produção nada menos que fabulosa a cargo de Devin Townsend e mixagem de Fredrik Nordström, podemos dizer que tudo está perfeitamente audível, e a estrutura das músicas chega a causar arrepios, até em músicas como "The Flameout", que começa de uma forma mais reta de melodic death básico, de repente toma direções variadas, centralizadas em vocais limpos com um toque magistral de melancolia que arrepiam. As guitarras fazem um grande trabalho, mas alguns solos aqui devem ser ouvidos com atenção, como em "As We Speak", que ganhou vídeo-clipe, e é um solo realmente lindo. Se você é fã de death melódico mas se agarra à agressividade de bandas como Children of Bodom, pode ser que este álbum soe muito progressivo ou "diet" pra você. Mas se sua mente puder se abrir em alguns momentos para a diversidade peculiar que o metal pode proporcionar, pode cair de cabeça em "Natural Born Chaos". Speed Strid pode não ser nada "único" em seus gritos, mas a facilidade com que atua nas duas áreas (clean e hard) da garganta, aliado a um instrumental forte, faz tudo soar como um passo além de tudo que vinha sendo feito. Claro que Dark Tranqüillity já dera aquele pontapé inicial nesta bela fusão em 1999 com o inigualável "Projector", num híbrido de agressividade com melancolia jamais visto no estilo (talvez apenas dentro do doom metal em alguns casos), mas mesmo que um pouco diferente e mais dentro da proposta de bandas como In Flames, o Soilwork acabava por se sair com uma eficiência mais peculiar, mesmo porque os fãs de In Flames sempre foram mais chatos e exigentes. Um álbum para se ouvir com a mente aberta, e sem fazer muita força. 20 anos como se fossem 02.

 

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