domingo, 1 de maio de 2022

20 anos de Hell's Unleashed do Unleashed!!!

 


Quando "Hell's Unleashed", o sexto trabalho dos suecos do Unleashed, saiu pela Century Media em 2002, foi encarado como um dos trabalhos menos inspirados da banda. Tudo bem que nem o álbum anterior, "Warrior", que veio 5 longos anos antes, ainda é uma obra um pouco obscura na carreira da banda, e também não se aproximou da discografia inicial, principalmente se lembrarmos que em 1995 saiu o clássico e perfeito "Victory", mas hoje vemos o quão bem envelheceu este trabalho. A verdade é que a virada do milênio não foi fácil para as bandas de death metal que nasceram entre os finados anos 80 até meados de 90, e estas bandas precisavam retomar o interesse do público que passaria a dar maior atenção a sons com mais melodia, como as bandas de melodic death metal que explodiram naquela época. Mas como o bom e velho death old school voltou a se reencontrar com alguns trabalhos poderosos que vieram na sequência, hoje se olha com mais apreço às obras que nasceram em meio à tempestade, tanto é que "Hell's Unleashed" foi relançado recentemente no Brasil. O álbum tem muitas variações entre suas faixas, tendo em "Don't Want To Be Born", a faixa de abertura, um de seus melhores momentos. Este play tem mais groove que o normal da banda, mas nada que os aproxime do doom, o que acontece é que a agressividade não está em alta por aqui. Algumas músicas soam até cômicas, como "Join In The Sun". O som do álbum está bastante limpo, com a produção a cargo do guitarrista Fredrik Folkare, ouça o baixo de "Demons Rejoice", uma faixa arrastada mas com um clima mais sombrio. Talvez esta limpeza do som tenha tirado um pouco da pegada death metal do play, jogando-os um pouco para o lado thrash, mas há quem prefira um som mais clean, então tudo bem. Algumas melodias de guitarra podem até ser dispensáveis, como em "Mrs. Minister" mas o play agrada na maioria das faixas. Outros destaques ficam com "Triggerman" com aquelas guitarras "stop and go", "Dissection Leftovers" que começa com um dedilhado e logo tem os rifs cavalgados e mais pesados do álbum e "Burnt Alive", outra onde o baixo do vocalista Johnny Hedlund vem novamente estalando. A capa mostra o logo da banda bem grande com o fundo em chamas, é simples mas não decepciona, pois temos um dos logos mais bonitos do death metal.

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