terça-feira, 9 de agosto de 2022

20 anos de Suicide do Mactätus!!!


O Mactätus foi formado na Noruega em 1989 e seu primeiro álbum, "Blot", saiu em 1997, mostrando um black metal gélido, porém com melodias preciosas, tornando-se um marco dentre os amantes do estilo. Porém a partir de seu segundo trabalho, já carregaram seu som com melodias que culminou no derradeiro "Suicide" de 2002 apostando muito mais num black/death de alto nível. Claro que muitos fãs antigos ficaram pelo caminho, principalmente quando falamos de um estilo onde reina o extremismo e aversões à mudanças. Eu, particularmente, gosto de todas os quatro trabalhos e gostaria que o Mactätus tivesse sobrevivido mais tempo. O play foi lançado pela Napalm Records e no Brasil saiu pela Hellion, e teve produção de Lars Szöke e Peter Tägtgren, que deu uma palhinha nos vocais de "Measurement of Discipline". Se há uma coisa que não se deve reclamar é do peso das guitarras deste trabalho, onde Gaut e Ty despejaram riffs violentos, muitas vezes acompanhados dos teclados de Forn. Em alguns momentos o instrumental chega a lembrar o magnífico "Damned in Black" de seus conterrâneos do Immortal, saque o início de "The Whisperers", mas sem o mesmo brilho, afinal aquele é um dos melhores álbuns de riffs de black metal da história. Temos a presença inusitada do violino nesta faixa, além de "To Distance Death From Life" (como não lembrar de My Dying Bride neste início arrastado?) e "Broken Dreams of Death", com mais ênfase no início desta última, instrumento a cargo do convidado Zan Zielinski. Na cozinha temos Mjolne nas baquetas e Mefistofeles no baixo, e nos vocais o fortão Hate Rodvitnesson. Legal que a maioria dos membros esteve presente em todos os álbuns da banda, mesmo que muitos deles jamais tenham aparecido em outros projetos, coisa incomum na Noruega. O opus tem um tema controverso, como entrega seu título, e provavelmente sofreria incontáveis restrições, caso não estivesse perambulando pelos guetos do metal. Temos todos os membros mortos de formas variadas no encarte, além de fotos de objetos perigosos quando mal utilizados. Todas as músicas são ótimas, mas destaco as poderosas "Language of Disloyalty" e a cheia de influências Dimmuborgianas "Bringer of Silence" com todos os instrumentos encaixados de forma soberba. 

 

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