sábado, 14 de janeiro de 2023

20 anos de Deadland do Chakal!!!


É muito complicado falar de uma banda que você ama, com imparcialidade, principalmente se você estiver falando de um trabalho pouco louvável desta banda. E "Deadland" está para o Chakal assim como "St Anger" está para o Metallica, e quisera o destino que ambos fossem lançados no mesmo ano. Mas cá estamos diante de uma banda que ouço desde sempre, da primeira banda de metal que vi sobre um palco, da banda que tinha um membro que apresentava o melhor programa de rádio que já existiu e que eu não perdia um dia sequer, numa época que essa era a forma mais fácil de conhecer novas bandas, e conheci muitas assim. Então vamos ver o lado positivo de "Deadland". O primeiro é que, como já disse outras vezes, o metal nacional, mais ou menos de 95 a 2000, passou por um período crítico, com raros lançamentos de impacto, já que muitas bandas davam seus primeiros passos naqueles anos, conseguindo lançar seus álbuns apenas na virada do milênio, e as bandas consolidadas num hiato silencioso que deixava muitas dúvidas de sua existência. O Chakal, por sua vez, mesmo ficando 10 anos sem lançar nada, foi a primeira destas bandas a jogar um novo play no mercado, o CD em questão. Por si só já soma pontos, puxando a fila para outros medalhões como Korzus, Sextrash e Holocausto, todos aí com aproximados 10 anos entre estes álbuns de retorno aos holofotes. O segundo destaque é o retorno do vocalista Vladimir Korg. Mesmo que eu ache o vocal de Sérgio, que gravou o álbum anterior, um vocal espetacular e não por menos ser meu álbum preferido da banda, acredito que todos os amantes de metal estejam de acordo que Korg seja um dos melhores frontman do metal nacional, e sua voz é inconfundível, além de ter um jeito para interpretação muito acima da média. Já o instrumental, para quem estava acostumado ao death/thrash do debut, e à thrasheira dos 2 plays posteriores, ouvir as experimentações de "Deadland",  com influências descabidas de "Nu Metal", sujeiras eletrônicas por todos os lados e até "grunge" como na faixa "Liar (safe place), é um pouco demais pra mim. Tem alguns bons riffs, tem bastante peso na guitarra e tem o vocal de Korg. Tem a importância histórica de reabrir a porteira para o retorno dos deuses do metal nacional, e é a isso que devemos nos apegar.

 

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