O décimo álbum de estúdio dos finlandeses do Stratovarius foi a primeira parte de Elements, e certamente é a melhor parte. Lançado no início de 2003, quando a banda estava no auge, o álbum, que é excelente, acabou por decepcionar alguns fãs que o acharam um pouco progressivo demais, com músicas menos diretas que a época bombástica de "Destiny" e "Episode". Certamente a primeira parte dos elementos é menos direta que a maioria dos opus denominados "Power Metal", e as sessões rítmicas trazem pompa e sentimentos individuais de enorme classe. Talvez possamos resumir isso tudo numa única canção, chamada de "Fantasia". Não que ela seja minha preferida neste álbum, mas ela apresenta todos os elementos inerentes aos adjetivos que possamos atribuir ao trabalho. Um refrão forte, numa interpretação linda de Kotipelto, teclados orquestrais, riffs de guitarra bem power metal em algumas partes e um solo de baixo (se me permitem chamar de solo) com uma aura anos 70 que não deixa a palavra "progressivo" se perder em devaneios desta resenha. Falando em baixo, eu piro no início de "Soul of a Vagabond", com as quatro cordas sustentando as melodias de forma espetacular. Ponto para 2 caras, Jari Kainulainen (hoje no Masterplan) pela desenvoltura e Timo Tolkki pela produção, por deixar tanto o baixo, quanto tudo mais tão equilibrado e perfeito. Pra quem devora power melódico com os ouvidos a faixa "Learning to Fly", (power até no nome) talvez seja o ponto alto do trabalho, com a bateria super acelerada de Jörg Michael e a guitarra de Tolkki debulhando milho pelas galáxias, mas eu gosto mais dos momentos introspectivos, com melodias doces, pesadas e até tristes, como na épica "Papilon". Que refrão perturbador! Ótimo álbum!
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