O Septic Flesh da Grécia cresceu muito nos últimos 15 anos, a partir do álbum "Communion". Mas 5 anos antes dele, tivemos o lançamento de "Sumerian Daemons", que está comemorando bodas de porcelana, ou 20 anos de lançamento, como quiser. Gravado nos estúdios Fredman da Suécia e primeiro e único lançado pela Hammerheart, após uma parceria duradoura com a Holy Records. Já os anos de maior reconhecimento vieram com a "Season of Mist", com uma distribuição bem mais ampla, o que pode explicar este crescimento dos gregos. Mas e o som de "Sumerian Daemons"? Ignorante, é o que podemos dizer. Um Death Metal brutal debaixo de camadas góticas, como se um ogro pudesse sair das entranhas de uma donzela, e às vezes eles saem mesmo. Temos variações de harmonia, como se o ogro sofresse de dupla personalidade, como se um Dr. Jekyll se transformasse no Mr. Hyde num piscar de olhos, sem sofrer com a transição. Baterias insanas, baixo socado, riffs pesadíssimos e teclados e orquestras transformando cada nuance do álbum em um filme de terror. Os vocais femininos da convidada Natalie Rassoulis aparecem em momentos oportunos para te regozijar e lembrar que a beleza mórbida da música feia, rebelde e agressiva, existe, e somente os loucos que compreendem um pouco mais do mundo que nos cerca podem apreciar. Os vocais de Spiros são extremos e soturnos e fazem jus ao estilo raiz da banda, que é o Death Metal. Mesmo que o som deles vá muito além disso. Eu ainda tenho "Titan" e "The Great Mass" como favoritos do Septic Flesh, mas "Sumerian Flesh" é um dos grandes destaques da discografia e vale muito a pena conferir.
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