"World Funeral" foi o primeiro álbum do Marduk que eu adquiri, mas conheci a banda pelo "La Grande Danse Macabre", lançado 2 anos antes. Temos a tendência de gostar mais das primeiras impressões, mas não acredito que é só isso que torna "World Funeral" o melhor álbum da discografia dos suecos. Primeiro que foi neste álbum que os músicos aprenderam a balancear as músicas rápidas e as mais arrastadas, Anteriormente era tudo muito veloz, como no apocalíptico "Panzer Division", até que resolveram meter o pé no freio e gravar um álbum que soa muito arrastado como foi em "Grande Danse", mas neste play aqui temos um meio termo entre músicas extraordinariamente rápidas e de riffs cortantes como na abertura com "With Satan and Victorious Weapons" e a morbidez arrepiante de faixas como "Bleached Bones" ou a nojenta "Castrum Doloris". Ponto mais que válido para não deixar que um álbum caia na mesmice. Outro fator que faz deste opus um "masterpiece", é a formação. Morgan na guitarra, Emil Dragutinovic substituindo Fredrik Andersson na bateria, B.War no baixo e um dos melhores vocalistas de black metal, Legion! O cara não é a perfeição no sentido de uma vez sem falhas, mas sua presença de palco, o visual e os berros esporrentos foram significativos para o estabelecimento da banda como uma das maiores do mundo dentro do metal negro. Sua caracterização facial baseada na personagem principal do filme "O Exorcista" de William Friedkin (1973) transmitia todo horror que o lirismo do Marduk sempre mostrou. E outro fator para mostrar o quanto "World Funeral" é especial, é que foi o álbum derradeiro com o frontman, encerrando um ciclo de 5 petardos definitivos para o metal extremo. "World Funeral" é um álbum a ser ouvido até o funeral do mundo.
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