domingo, 12 de março de 2023

20 anos de Damnation And A Day do Cradle of Filth!!!

 


É difícil de acreditar que "Damnation And A Day" é apenas o 5º full dos ingleses do Cradle of Filth, porque eles têm alguns EPs tão importantes quanto álbuns completos em sua trajetória. Mas acredito que este álbum foi lançado em um momento em que o público estava começando a perder o interesse na banda, e por isso ele não seja tão aclamado quanto seus antecessores. O fato de terem saído da Music For Nations e irem para a gigante Epic/Sony (Iron Maiden, Judas Priest, Accept entre outros), algo que acredito ter prejudicado a banda que passou a ser apenas mais um número. A capa não é grande coisa, para quem estava acostumado a bruxas e vampiras com boa dose de erotismo. Com poucas mudanças na formação que lançou 3 anos antes o clássico "Midian", a saída do guitarrista Gian Pyres e a troca do baixista Robin Graves pelo ex-Anathema Dave Pybus, o que ouvimos neste álbum de quase 77 minutos, mesmo que sem muitos destaques particulares, é ainda o mesmo som característico do Cradle, ou seja, aquele black sinfônico e cheio de sonorizações bombásticas, que fizeram da banda amada incondicionalmente por seus seguidores mas também atraiu "haters" pelo mundo afora, aqueles que acham que qualidade musical mancha a bandeira black. Mas o pecado de "Damnation And A Day" (e a parte lírica fala muito de pecado), é que ele acaba sendo um álbum simples dentro de tudo que estávamos acostumados a ouvir da banda, ou traduzindo, não tem nenhuma música que te faça ficar de queixo caído ou seja memorável como "Desire in Violent Overture" ou "Her Ghost in the Fog". Mas é um feijão com arroz, o que é muito melhor que comer lavagem quando se está acostumado a salmão. Tem fã que adora este trabalho e tem aqueles que acham indiferente. Eu sou da turma que cortaria 30 minutos dispensáveis e ficaria com um play muito mais dinâmico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário