E o Bathory, banda criadora do viking metal e do black metal da forma que ele tem que ser (doa a quem doer) chegava a seu último capítulo em 2003, 14 meses antes de seu criador, Quorthon, sofrer um ataque cardíaco aos 38 anos em seu apartamento. Nordland II é a segunda parte da obra e traz alguns momentos realmente memoráveis, e de imediato já afirmo que "The Land" é uma das melhores músicas já compostas por ele. O sentimento que ela carrega é indescritível, ao mesmo tempo que te movimenta de corpo e alma, com uma guitarra belíssima e corais que fazem chegar aos portões de Asgard. Viajando ou não, é quase improvável ouvir Nordland sem se imaginar em um drakkar navegando mares gelados da Escandinávia. Mesmo que eu prefira Nordland I, as duas obras se completam, e momentos como a bela "Death and Resurrection of a Northern Son" lembra bastante "Blood On Ice", ao mesmo tempo que incorpora uma passagem mais acústica como aquelas encontradas em "Twilight of the Gods", de uma forma tão natural, que em momento algum soa forçado para reviver o passado, mas é Quorthon deixando aflorar aquilo que ele sabia fazer de melhor. "The Messenger" é mais um momento peculiar, com riffs próximos do heavy metal e um trabalho vocal primoroso. E para finalizar este registro, vamos deixar uma estrofe da música "The Wheel of Sun", imaginando se Quorthon sentia que seus dias estavam próximos:
"Tão certo quanto verdadeiro uma vez que nós morreremos...
é verdade que nem todos os homens vivem!
Um rei cairá, uma criança nascerá, os deuses levarão e os deuses irão dar!
Antes que sua hora chegue, escale sua montanha em uma bela manhã...
E sinta a fragrância trazida pelo vento, deixe-o soprar livremente seus cabelos..."
Descanse em paz! O fim do Bathory foi uma das maiores perdas para o metal extremo!
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