Sempre que me perguntam qual minha banda preferida, nestes mais de 30 anos de heavy metal, continuo respondendo Metallica, às vezes por comodidade, porém concentrado naquilo que a banda gravou entre 1983 e 1991, não preciso citar aqui quais álbuns. Sim, eu gosto bastante de Load e Reload e daquilo que eles fizeram de "Death Magnetic" pra cá, mesmo que não se compare aos anos furiosos. Quando St. Anger foi lançado, já não existia mais aquele frenesi porque todos esperavam que a nova identidade da banda estaria ligada aos álbuns anteriores, o que na época constatamos que infelizmente não aconteceu. Não vou me estender falando da produção terrível que este álbum tem, com ênfase na bateria de Lars, mas extensiva a todos os instrumentos e voz, porque isso já foi batido e rebatido inúmeras vezes. Na época saiu um VHS com a banda tocando ao vivo as músicas de St. Anger, e eu adquiri esta fita antes de ouvir o álbum em si, e confesso que se fosse só a fita, este trabalho seria muito melhor aceito, pois era a banda tocando sem a merda toda da produção, e tudo soava um pouco melhor, pois o Metallica ao vivo sempre foi uma das melhores bandas do planeta mesmo, e continua sendo. Mas ouvir o "tic tic tic tac" da "Frantic" ou aquelas coisas meio rap da faixa título já eram suficientes para perceber que o monstro descia ladeira abaixo. "Some Kind of Monster" até melhora um pouco e ao vivo é até legal, mas não conseguiu afastar a ideia de estar ouvindo uma fita demo. E é isso mesmo que St. Anger é, uma fita demo aguardando uma gravação decente, com a inserção de vários solos de guitarra e uma produção decente. Quem sabe a banda um dia resolva regravá-lo da forma correta e calar nossa boca. Seria a coisa correta a fazer. Músicas como "Dirty Window" "All Within My hands" e "Purify" têm potencial para se tornarem grandes.
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