Ok, já fizemos uma resenha de Barbarian, terceiro álbum dos baianos do Malefactor, no longínquo 2014 quando fizemos uma série dos melhores álbuns do metal nacional. Mas não poderíamos deixar passar batido o aniversário de 20 anos desta pérola do metal extremo, forjado com agressividade, melodia e um bom gosto musical poucas vezes vistos no underground. Fã confesso da discografia da banda, tenho Barbarian em minha coleção desde seu lançamento, e podemos perceber como a banda evoluiu com sua música. Mesmo encontrando sua sonoridade no belo trabalho anterior, o Malefactor conseguiu construir suas músicas de forma que o álbum soasse pleno, cativante e empolgante. A intro de 2 minutos com teclados e vozes conserva o lado black metal que sempre esteve enraizado na banda, mesmo que em proporções pequenas, mas deixando o clima sombrio e maléfico para introduzir os outros 10 hinos de guerra, com "Echoes of Lemuria" à frente. A música, com vocais fortes, rasgados e guturais, passagens cadenciadas e rápidas, foi inspirada na lenda de Lemuria, um continente que teria afundado no oceano Índico, com habitantes extraterrestres descendentes de deuses. "The Pit" segue o play, e na época a citei como a melhor faixa do trabalho, algo que não sei definir hoje, devido à importância do álbum como um todo, mas que certamente tem riffs excelentes e é uma das mais agressivas. Os vocais limpos também ganharam mais foco em "Barbarian", melhor intercalados e utilizados em refrãos como na "Barbarian Wrath", faixa excepcional com uma passagem inspirada que acho sensacional lá pelos 3 minutos e antes do solo. Aliás, passagens pra abrir um sorriso na caveira o petardo tem de sobra, como aquela em que entra o solo de "Nightfall", com melodia grandiosa. Um álbum que mesmo após 20 anos, continua cheio de ideias novas, e deve estar presente em qualquer coleção de metal nacional que se preze.
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