domingo, 3 de setembro de 2023

20 anos de Dance of Death do Iron Maiden!!!


O segundo álbum dos britânicos, após a solicitadíssima volta de Bruce Dickinson, e com um bom álbum na bagagem, o belo "Brave New World" de 2000, foi o trabalho com a arte mais feia da história da donzela, e de imediato me deixou com um pé atrás, mesmo que o velho ditado de nunca julgar um livro pela capa ficasse tilintando em minha mente. A verdade é que a voz de Bruce está muito bem neste trabalho, e a faixa de abertura, "Wildest Dreams" tenta resgatar elementos mais heavy metal da fase de ouro, mas sem muito sucesso. Tanto ela, quanto a posterior, "Rainmaker" são boas músicas, mas de alguma forma não possuem a magia que geralmente a banda de Steve Harris sempre imprimiu nos anos 80. Aliás, com algumas exceções, como "Aces High" e "Be Quick or Be Dead", a banda sempre se saiu melhor na área das músicas épicas e mais longas, e em Dance of Death isso fica muito claro. Quando estendeu e deixou o som um pouco mais progressivo, os rapazes da donzela se sairam melhor, como em "No More Lies", o primeiro clássico do trabalho. Mesmo que o refrão gritado remeta ao passado próximo de "Blood Brothers" a gente percebe que é nesse terreno que a banda pisa bem atualmente (naquele início de década ao menos). Já Montségur talvez fizesse mais sentido se tivesse sido lançada em um álbum como "No Prayer For The Dying", além de ter alguns riffs muito felizes pro meu gosto. Já a faixa título já traz aquele sentimento de realização ironmaníaca, com as guitarras gêmeas desfilando riffs celtas, se é que isso existe. A coisa esquenta ainda mais é na excelente "Paschendale", uma música fora da curva em se tratando de "Dance of Death". Épica, pesada, ela consegue transmitir um clima bem sinistro e no refrão um sentimento bem triste, além de um trabalho de guitarras bem trabalhado. Outra faixa que se destaca, mas com uma característica bem mais acústica e intimista, é "Journeyman", sendo que esta pode ter mais impacto nos fãs da carreira solo de Bruce. "Dance of Death" não supera "Brave New World", mas mostra músicos ainda empolgados com a recente reunião e traz bons momentos a seus fãs. Mas a capa...

 

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