domingo, 22 de outubro de 2023

20 anos de Open The Gates of Hell do Mystic Circle!!!


O segundo álbum de death/black do Mystic Circle, depois da primeira metade de vida blasfemando através do black sinfônico, foi a consolidação de um som poderoso que se iniciou em "Damien" um ano antes. Com uma arte bem endiabrada criada por Anthony Clarkson (Fear Factory, Blind Guardian, etc;), em tons infernais com predominância de cores laranja, "Open the Gates of Hell" pode não ter aberto os portões lá de baixo, mas certamente fez a cabeça de muitos metalheads que apreciam um som desgracento e muito bem feito. As ideias presentes em Damien ganharam um status melhor, com uma riqueza de detalhes imprescindíveis para forjar um grande álbum. Temos passagens arrasa-quarteirão como em "Beyond the Black Dawn", incluindo "breakdowns" como se algo do bom thrash oitentista baixasse sobre os músicos. Por falar em thrash, em "Awaken By Blood" temos riffs de guitarra que também poderiam estar num álbum de thrash alemão, uma música furiosa e direta. Minha faixa preferida é a faixa título, que começa após a instrumental "Deadly Ghosts" para dar um up mórbido e depois entrar numa pancadaria magnífica, onde a banda intercalou partes mais cavalgadas a outras mais extremas. Já a urgência de "Book of Shadows", com Marc Zimmer gritando com seu vocal rasgado, contrapõe-se à beleza fúnebre de "Wings of Death", onde a banda lança mão como sempre, de um suporte de vocais femininos para criar um clima melancólico, que funcionou muito bem. Os riffs são o ponto forte deste álbum, algo necessário após a eliminação dos teclados que tinham papel importante em outras épocas, e agora se resume a intros e instrumentais. Pontos para o guitarrista Ezpharess. Mas a bateria de Alex Koch também mandou muito bem. Um trio afiado para a concepção de um petardo violento e muito bem feito. Excelente!!!   

 

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