Podemos começar a resenha de 20 anos de "Works of Carnage" dos brasileiros do Krisiun pela arte da capa, criada por Jacek Wisniewski (Belfegor, Decapitated...) e na minha opinião não condiz com a grandeza da banda. Não é ruim, mas passa aquela impressão de sobreposição de imagens criada em photoshop. Dito isto, passemos à música, que é mais um rolo compressor em forma de brutal death metal. Toda sessão rítmica se encaixa como um quebra cabeças intrincado de peças de ferro. A bateria de Max Kolesne é um ataque sonoro de guerra, enquanto os riffs de Moyses são debulhados no decorrer das faixas com precisão. Graças à boa produção, podemos ouvir muito bem o baixo de Alex Camargo pulsando como um coração, preste atenção em "Thorns of Heaven", faixa explosiva de abertura que quebra todas as cadeiras e mesa da sala. Algumas pessoas criticam o álbum pela duração, algo em torno de 32 minutos, e ainda conter faixas instrumentais dispensáveis e o cover previsível de "In League With Satan" do Venom. Olhemos pelo lado bom, que são as músicas matadoras dispostas, como a citada faixa de abertura, a quebradeira de "Wolfen Tyranny", "Sentinel of the Fallen Earth", com sua estrutura de faixa trabalhada para chamar atenção, e a minha preferida neste álbum, "Ethereal World", uma música impossível de ouvir sem bater cabeça, com duração de pouco mais de 2 minutos, mas que tem uma batida sensacional. Claro que não estamos falando do melhor trabalho da discografia do Krisiun, mas não podemos deixar de lado um álbum com músicas tão fodas, e que exala a fragrância de enxofre inerente ao death metal, mantendo o poderoso nome dos brasileiros no primeiro escalão do metal da morte mundial. Respeitem a irmandade!
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