sábado, 9 de março de 2024

20 anos de Scars of the Crucifix do Deicide!!!


Senhoras e senhores, tirem seu chapéu. Os americanos do Deicide voltavam a vencer um campeonato da liga do Death Metal americano, após duas temporadas em que o time não agradou todos os seus fãs e torcedores. Mesmo que eu não reprove os dois lançamentos anteriores (leia nossas resenhas sobre eles), é óbvio que a qualidade de "Scars of the Crucifix" é bem superior. Isso aqui veio para resgatar qualquer ovelha que tenha se desgarrado do rebanho, com uma brutalidade impiedosa, com uma dose de peso espetacular. De início, temos talvez a introdução mais empolgante da carreira da banda, com um riff tão pesado, que você, seu peixe e seu cachorro já começam a bater cabeça sem nem saber o que está fazendo. Estamos falando da faixa de abertura e que nomeia o álbum, sétimo da discografia (dizem que 7 é o número da perfeição). Essa música, mesmo que hoje possa soar um pouco abafada, o que não gera nenhum desconforto, pois não estamos resenhando um álbum de melodic death, é tão poderosa, que sempre que vejo a capa do play, seu riff automaticamente me vem à mente, para você ter uma ideia de como ele se tornou marcante. Os vocais de Glen Benton continuam com aquela suavidade de um vulcão em erupção, para nossa felicidade. Gutural ao extremo e novamente introduzindo aquela voz dobrada e rasgada que fez tanta falta nos últimos trabalhos. Elogiar a bateria de Steve Asheim é indispensável, o cara soca seu kit com muita vontade e precisão, e os irmãos Hoffman, em seu último trabalho desde o início da banda, mostram que estavam sim ainda muito criativos, ao contrário das declarações de benton anos depois, talvez para justificar a saída dos irmãos. São 9 faixas condensadas em apenas quase 30 minutos de caos e blasfêmias, mas devem ser apreciadas em conjunto, porque é tudo irrepreensível, mesmo que você possa se derreter com o trabalho vocal de "Mad At God", ou a pancadaria insana e espetacular de "Enchanted Nightmare", dois momentos de enorme satisfação para quem ama o metal da morte desenhado com enxofre nas paredes do submundo idealizado pela banda. Não aplicamos notas para os trabalhos das bandas em nossas resenhas, mas se assim fosse vocês saberiam qual.

 

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