O sexto álbum de estúdio dos americanos do Immolation, "Harnessing Ruin", lançado em 2005 pela Listenable Records, foi o primeiro trabalho dos caras a dividir opiniões, com críticas mais severas ao death metal praticado por eles. Primeiro porque ele veio logo após um trabalho cultuado como "Unholy Cult" (perdão pelo trocadilho, não foi proposital). Segundo que alguns fãs culparam a troca de bateristas, com a saída de Alex Hernandez e a entrada de Steve Shalaty. Eu já prefiro direcionar a culpa a um cara fora da banda, chamado Paul Orofino, produtor quase um 5º elemento do Immolation que produziu e mixou vários de seus trabalhos, mas que fez um trabalho bem abaixo da média em "Harnessing Ruin". Tudo está bem abafado, contribuindo para uma suave torcida de nariz. Tudo bem que os guitarristas Robert Vigna e Bill Taylor também não estavam lá muito inspirados neste período. O álbum até apresenta bons momentos, como na abertura com "Swarm of Terror" ou naquelas puxadas de cordas de "Challenge the Storm". Tirando essas duas músicas, o restante é bem mediano. Vi muitas pessoas criticando os solos de guitarras, mas creio que estão enganadas. Podem não ser os solos mais versáteis das galáxias, mas eles acabam salvando algumas músicas. "Dead to Me" poderia ser citada como um destaque, mas ela será citada como uma tentativa de fugir da mesmice, com aquele vocal sussurado e enfadonho de Ross Dolan, sobre um dedilhado que passa longe do death metal tradicional. O som proposto pela banda, um death com bases bem complexas, tocadas de traz pra frente e sem nenhum nexo (proposital é bom que se fale), já é motivo para não cair de cara com sorriso no rosto, mas sim com um pé atrás. E quando esse som não é realçado por uma gravação decente, e muito menos por músicos bem inspirados, a audição se torna um martírio. Me martirizei umas 6 vezes essa semana para tentar soar mais positivo, afinal o Immolation merece uma resenha bacana. Mas não consegui.
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