domingo, 13 de julho de 2025

20 anos de Candlemass do Candlemass!!!


Com tantas trocas de formação ao longo da história e vários vocalistas, ainda fica a sensação de que o icônico Messiah Marcolin seja a figura mais emblemática da clássica banda sueca Candlemass. E aqui, no oitavo álbum autointitulado está sua voz marcante novamente. Talvez até a banda sinta um pouco esta sensação, ou sentia 20 anos atrás, já que um álbum com o nome da banda muitas vezes significa reafirmação do tipo: somos a essência do Candlemass e este nome basta, apesar de que em algumas vezes é apenas falta de criatividade mesmo, o que, ouvindo o álbum, passa bem longe disso. Porque "Candlemass", com sua capa branca não se resume a um bom vocalista, mas a um conjunto de pequenos hinos fantásticos de Doom Metal Épico. Ok, não temos a mesma aura de "Nightfall" ou "Epicus Doomicus Metallicus", mas a banda do baixista e fundador Leif Edling construiu músicas pesadas e consistentes, onde as guitarras de Lars Johansson e Mappe Björkman, que ente idas e vindas vieram para este play e não saíram mais, exercem um papel fundamental calcado em riffs muito bons. Todas as faixas são contempladas com bons riffs, alguns melhores que outros, mas até a instrumental "The Man Who Fell  From the Sky" não deixa a desejar. "Born in a Tank" talvez seja a que deixe menos lembranças após ouvir o petardo, mas ainda assim pode ser considerada a que tem um dos melhores solos de guitarra, e aqueles riffs cavalgados que alguns odeiam e outros amam (incluindo eu). Já minha favorita é a faixa de abertura, "Black Dwarf". Sei que ela não representa muito a banda, pois é mais acelerada e Marcolin imprime um tom mais grave, mas seus riffs me cativaram de primeira e ainda permanecem depois de tantos anos. Já os mais tradicionalistas podem preferir "Spellbreaker" ou "The Day And The Night", as faixas que encerram o álbum, em especial esta última, que tem aquela pegada mais tradicional, com alguns dedilhados e um riff estourando os P.A.s que ficaram maravilhosos, além daquela interpretação vocal que faz a alegria das criaturas noturnas. Este trabalho marcou o fim da era Messiah Marcolin no Candlemass em álbuns de estúdio, e trouxe de volta a banda para os holofotes, mostrando que o doom, mesmo sendo um dos estilos mais pisoteados do metal, sempre se reergue poderoso, enfrentando tudo e mostrando que velocidade só é imprescindível nas auto-cars. Clássico!

 

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