domingo, 13 de julho de 2025

20 anos de Strength Power Will Passion do Holy Moses!!!


O Holy Moses da Alemanha acabou. Lançou seu último trabalho em 2023 e também fez sua última apresentação, após 13 "full albuns" de estúdio. Mas sempre será lembrada como aquela que apresentou uma das vocalistas mais brutais da história do metal, precursora dentro do Thrash Metal, a bela (e fera) Sabina Classen. Depois de 2 demos ela entrou na banda para o terceiro registro de demonstração, intitulado "Satan's Angel" de 1982 e a história de sucesso começou em 1986 com o primeiro full "Queen of Sian". "Strength Power Will Passion" chegou em 2005, o 9º trabalho, e neste momento outra banda já despontava com uma vocalista feminina como referência, os suecos do Arch Enemy de Angela Gossow, que tiveram tanta visibilidade que ajudaram bandas como o Holy Moses a alcançar um maior público, mesmo que tenha chegado primeiro. Coisas da arte e do mundo. Portanto acredito que o sucesso deste trabalho muito se deva àquilo que Gossow trouxe, mesmo que seja realmente um ótimo trabalho. Para ser ainda mais incisivo no onda, colocaram o rosto da vocalista na capa, à frente de um pentagrama e com uma cruz invertida na testa. Os alemães realmente queriam chamar atenção e aproveitar o bom momento. O guitarrista Andy Classen, marido da vocalista, havia se despedido da banda com o ótimo "Disorder of the Order" de 2002 e em seu lugar entrou Michael Hankel, que trouxe ótimas ideias para a banda. O som não é apenas thrash, agora temos muito de melodic death em sua veia mais extrema, uma cara nova para a banda que tirou um pouco da fúria e atitude de outrora, mas que em nada minimizou o som do Holy Moses. Se você pegar as 2 faixas que abrem o petardo, "Angel Cry" e "End of Time", vai perceber que o som está mais próximo do mainstream como nunca. E músicas como "Examination" até te trazem nostalgia do Death na era Symbolic. Há também aquele coro básico e masculino, como no refrão de "I Will" que não deixa o som decolar muito às alturas, lembrando que pertencem ao underground com aquela pegada hard core. Mesmo que eles não consigam manter o mesmo pique por todos os mais de 40 minutos do trabalho, ele ainda soa bastante homogêneo e em nenhum momento te obriga a mudar de faixa. Vale muito a pena botar essa bolacha pra girar.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário