A Finlândia estava em alta com o Metal no fim dos anos 90, com bandas como Stratovarius e Children of Bodom vivendo grandes momentos. O Thy Serpent então após 2 álbuns que seguiam aquela linha de Black Melódico que o Dimmu Borgir fazia no início, lançou este opus maravilhoso chamado Christcrusher. Se a faixa de abertura (Chambers of the Starwatcher) não muda tanto o que eles já vinham fazendo, já nos dedilhados que antecipam Curtain of Treachery vemos que os músicos trabalharam pesado para registrar um belo trabalho, com muita melodia e aquele clima dark que bandas como o Agathodaimon estavam fazendo tão bem. Vocais sempre rasgados de Azhemin que também registrou baixo e teclados que são uma constante no álbum, bateria de Agathon e guitarra de Sami, os músicos gravaram no Tico-Tico Studios e masterizaram o play no conceituado Finnvox da Finlândia. Na faixa Thou Bade Nothingness a primeira surpresa, os vocais limpos e graves do batera Agathon dão aquele clima medieval por lembrar o Folk Escandinavo, muito interessante, apesar de nada novo, mas um ponto a mais para o trabalho. O mesmo vocal já inicia a próxima faixa, So Free Are The Wolves, com clima de teclado soturno e bateria ao fundo, antes dos demais instrumentos entrarem em cena com os vocais rasgados de Azhemin. Àqueles que curtem velocidade e headbanging fica claro que esta não é a banda mais indicada, mesmo que esta faixa dê uma pequena acelerada mais à frente, para cair mais uma vez no clima dark. Mas parece que a banda sabia quais as suas melhores faixas e deixou para o final, porque as 4 faixas derradeiras são as melhores do álbum. Começando por Circle of Pain com belos fraseados de guitarra com direto a dedilhado no meio, a faixa título que é a mais acelerada e mais Black Metal do álbum, que pancada!! e duas maravilhas em forma de música, Crystalmoors e Calm Blinking, pra fechar este que foi o último registro de estúdio da banda, apesar de ainda estar ativa. Detalhe: o batera Agathon já tocou no Barathrum e hoje participa de Soulgrind e Gloomy Grim, o guitarrista Sami no Beherit e entre 97 e 98 a banda teve ninguém menos na guitarra que Alexi Laiho do Children Of Bodom. Coisas de um país pequeno territorialmente falando.
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