E chegamos à última resenha de álbuns que completam 20 anos de lançamento em 2018. O petardo derradeiro é Sardonischer Untergang Im Zeichen Irreligiöser Darbietung da banda alemã Bethlehem. Numa tradução Googleriana o título do álbum é Declínio sardo em nome do desempenho irreligioso, ou, como é conhecido entre os fãs, unindo-se as primeiras letras de cada palavra: S.U.I.Z.I.D. que ninguém precisa de ajuda pra saber que é suicídio. E o som destes malucos é um perigo pras pessoas propensas a destruírem os problemas que as definham da pior forma possível (ou uma delas). Os vocais registrados neste álbum pertencem a Marco Kehren, na mesma linha esganiçada, porém mais contida que Rainer Landfermann que havia gravado o clássico Dictius Te Necare. O estilo permeia pelo Dark Metal (termo criado e nominal ao primeiro disco da banda em 1994), o Doom arrastado em alguns momentos e ao Black Metal, numa mistura que classifica a banda por DSBM (Depressive Suicide Black Metal) e é perfeito para quem quer ouvir algo esporrento, porém com melodia. Nada de sons incompreensíveis aqui para encobrir músicos que não sabem tocar. Incompreensível aqui só a mente de Kehren, o guitarrista Klaus Matton, o baixista Jurgen Bartsch, o baterista Marcus Losen e a garota Cathrin Campen, que não aparece muito com seu vocal, mas dá o toque mazoquista que a banda precisa. Se for seu estilo, procure e ouça. Mas ouça num dia em que estiver com o astral em alta.
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