sábado, 13 de junho de 2020

20 anos de Enemy Of The Music Business do Napalm Death



Motivados pelo desentendimento com sua antiga gravadora, a grande Earache, os britânicos do Napalm Death soltaram pelo pequeno selo Dream Catcher, que enquanto existiu teve ao seu lado The Exploited e Yngwie Malmsteen, dentre outros, o furioso Enemy Of The Music Business (Inimigo do Negócio da Música). A banda, que nesta época tinha um Dream Team do Grind, com Mark Barney nos vocais, Jesse Pintado e Mitch Harris nas guitarras, Danny Herrera na bateria e o emblemático Shane Embury no baixo, tinha colocado um pé no Death Metal e experimentações nos dois álbuns anteriores e agora resolveu espancar nossos ouvidos com doses cavalares de agressividade Grind. São 14 faixas distribuídas em pouco mais de 40 minutos de caos e destruição. E isso numa época em que o termo Melodic estava em alta ancorado a estilos como Death e Black Metal, mais uma prova de que a banda cheirava mesmo a podridão. Você ainda tem alguns momentos mais Death Old School, como em "Next On The List", afinal os estilos são primos e não devem se separar totalmente pra felicidade e perpetuação da família, não é mesmo? Há momentos menos conservadores, e talvez por isto espetaculares, como em "Necessary Evil", que música sensacional. A cabeça se joga no ar sem avisar! Porém no decorrer da maioria das músicas você só encontrará riffs estonteantes e uma bateria devastadora, uma música que não permite respiração, muito menos pausa pra água. A capa também remete aos velhos tempos, com aqueles recortes já conhecidos da galera, além do esdrúxulo logo original que, digamos, é bem mais legal. Um ponto que conta muito a favor de "Enemy Of the Music Business" é a qualidade de gravação, que deixou tudo claramente exposto, para elevar ainda mais a experiência de audição da música caótica e doentia.

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