domingo, 21 de junho de 2020

20 anos de Urkraft do Thyrfing.


Nascido em 1995 podemos dizer que o Thyrfing da Suécia é um dos precursores do estilo criado pelos conterrâneos do Bathory, o Viking Black Metal. Urkraft é seu terceiro álbum, lançado em agosto do ano 2000 pela Hammerheart Records e saiu no Brasil através da Hellion, com uma sonoridade bem mais polida que os 2 álbuns anteriores. Com um logo ininteligível que provavelmente fez com que muitos não reconhecessem sua obra nas prateleiras, a arte da capa remete ao estilo Viking, com uma paisagem marítima cercada por desenhos que lembram 2 navios daquele povo. A banda, que retirou seu nome de uma espada que aparece em vários contos escandinavos, abre o play com a ótima "Mjölner", que todos sabem se tratar do martelo de Thor. Os vocais são um meio entre graves e rasgados, temos a presença de teclados constantes e vez ou outra vocais limpos também. "Dryckeskväde" segue mais acelerada e empolga pois tem os pés fincados no play anterior, o fantástico "Valdr Galga". "Sweoland Conqueror" começa bem arrastada, bem Doom, com vocais cavernosos, mas logo cai no andamento épico característico da banda e tem um ótimo trabalho de guitarras, até a entrada dos teclados que ficam à frente do som, tirando um pouco o brilho dos riffs muito bem feitos, mas nada que estrague a música que é um dos destaques. "Home Again" vem com riffs bem melódicos e bateria cadenciada, mas acelera nas partes com vocais, tem uma parte muito bonita lá pela metade, com o som do mar e um instrumental acústico bem agradável e narra as dúvidas de um guerreiro Viking que está voltando para casa após 13 invernos afastado, sem saber se sua esposa o estará aguardando ou se seu filho o reconhecerá. Após a curta instrumental "Eldfärd", temos "Ways of A Parasite" com influências de Death Melódico e outra faixa empolgante que é "Jord", com riffs cavalgados que te farão bater cabeça. "The Slumber Of Yesteryears" é outro grande momento Viking, com destaque para as melodias de teclados lembrando música Celta e quebras de andamentos muito bem encaixados, com um trabalho de vocais extremos perfeitos para uma batalha. Sem dúvida, um dos pontos altos de Urkraft. "Till Valfader Urgammal" também está naquela atmosfera folclórica e não difere muito do restante do material. Para fechar temos a faixa título com quase 8 minutos, vocais limpos muito bons do convidado Toni Kocmut que deixou sua voz em várias obras da banda, além de ter participado em álbuns do Firewind e outras bandas. O line-up de Urkraft era Väänänen nos vocais, Löf nos teclados, Sjölund no baixo, Kristensson na bateria, e os ótimos guitarristas Svegsjö e Lindgren. Detalhe, no Brasil o álbum saiu com a bônus "Over The Hills And Far Away" cantada com vocais limpos. Um excelente trabalho lançado no misterioso ano 2000.

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