sábado, 27 de junho de 2020

20 anos de Insineratehymn do Deicide


Depois de pregar nas mentes doentias do universo 4 álbuns totalmente perfeitos, se colocados na galeria de clássicos do Death Metal americano, claro que aqueles que degustariam sua nova obra estariam com certeza mais exigentes. E em um ano em que o Black Metal se mostrava um estilo agressivo promissor com suas novas agregações melódicas e sinfônicas, talvez a necessidade de fazer algo fenomenal também fosse primordial para que uma banda como o Deicide permanecesse reinando. Então criaturas, é mais do que óbvio que a pressão em cima de Insineratehymn era gigantesca. E é justamente neste ponto que quero chegar. Muitos viraram as costas para a trupe de Benton após o lançamento deste álbum, acusando o petardo de pouco criativo, pra não dizer coisa pior. A culpa caiu mais sobre os irmãos Hoffman, que anos depois Benton informou que os guitarristas há tempos já não criavam nada na banda e estariam desmotivados. Mas ouvindo o artefato nos tempos atuais, percebemos como o cenário influenciou em sua pouca aceitação, criando uma das maiores injustiças do Death Metal. Porque Insineratehymn é um baita álbum, e se fosse lançado ali após "To Hell With God" com certeza seria colocado num pedestal como uma renovação da banda. A primeira pedrada é "Bible Basher", pra mim a melhor do trabalho, com riff legal, vocal ultra gutural e a velha brutalidade de sempre. "Forever Hate You" segue com um ótimo trampo de bateria de Steve Asheim e tem um lindo solo de guitarra quando a música fica mais arrastada. Mas a porrada logo volta a comer solta. "Standing In The Flames" é uma faixa pra banguear e os vocais de Benton estão impressionantes, gutural perfeito. "Remnant Of A Hopeless Path" tem um refrão de destaque, e um solo de guitarra que pode não ser o mais lindo do universo, mas pelo menos mostra diversificação, com basicamente a mesma melodia numa crescente. Então temos "The Gift That Keeps On Giving" e  ouvindo o play na sequência talvez podemos entender um pouco da repulsa frente a ele, pois quando chega nesta faixa a ficha de que o Deicide tirou o pé do acelerador cai. Pode ser uma justificativa para muitos fãs não considerarem um bom álbum, mas pra alguém como eu que ama uma banda como o Obituary e seu Slow Death Metal, isso passa muito batido. Temos ainda "Halls of Warship", "Suffer Again" que curto muito, "Worst Enemy" com riffs legais e agressivos, "Apocalyptic Fear" numa pegada bem acelerada, e num outro grande momento do play e pra fechar, a faixa mais longa, "Refusal Of Penance", que começa num riff maio Thrash, de cara emendado num solo, e que tem um refrão que lembra muito a fase "Serpents of the Light", uma bela faixa pra encerrar Insineratehymn, que no geral, é um play pra ter na coleção! E que ficou mais legal de ouvir 20 anos depois de lançado.

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