sexta-feira, 10 de julho de 2020

20 anos de Gateways To Annihilation do Morbid Angel.


Após uma introdução dispensável chamada "Kawazu" o instrumental da longa "Summoning Redemption" entrega de cara que Trey Azagthoth está debulhando as 6 cordas, com seu parceiro Erik Rutan, além de Steve Tucker no baixo e o lendário Pete Sandoval na batera. Mas mesmo estando acostumado às faixas mais arrastadas do Morbid Angel, começar com esta faixa soa no mínimo estranho, uma vez que estamos falando de um álbum de Death Metal. E além de arrastada, longa (mais de 7 minutos)?! Tudo bem, estamos falando de uma banda que no ano 2000 não tinha mais nada pra provar pra ninguém, então vamos para a sequência com "Ageless, Still I Am", quando você descobre que não mudou muita coisa. Lá está o vocal hiper gutural de Tucker e os solos que não têm uma bela melodia, e isso com certeza foi bastante proposital, afinal quem precisa de beleza em uma canção em que o narrador come o coração de suas vítimas para roubar seu poder? "He Who Sleeps" ganha um pouco mais de velocidade, nada que vai emocionar uma volta na montanha russa, mas que seguramente pode te assustar num trem fantasma. "To The Victor The Spoils" te faz balançar a cabeleira, os blast beats estão lá no fundo do estômago do monstro, socando e socando, enquanto as guitarras lembram uma tempestade. "At One With Nothing" tem um início quebrado muito legal, e o vocal de Tucker está particularmente excepcional nesta música, gutural ao quadrado, mas ainda acho que há algo de estranho no solo, talvez se não sobreposse a todo o instrumental ficaria melhor. "Opening The Gates" lembra um rolo compressor, daqueles que passam esmagando crânios e voltam mais 5 vezes até que não sobre nada. Então começa "Secured Limitations" e você já esqueceu que havia uma lentidão não programada na sua audição, porque esta é outra pedrada, com um diferencial de vocais rasgados nos vocais que talvez sejam de Azagthoth, quem souber comente por favor. "Awakening" é uma instrumental, assim como a intro, sem nada para impressionar, e depois temos "I", que nada tem a ver com Dio (hehe) e o play fecha com "God Of The Forsaken", mais uma pra banguear à vontade. O álbum foi gravado no lendário Morrisound da Flórida e produzido por Jim Morris. A arte da capa com aquelas edificações cadavéricas é de Dan Seagrave que, diga-se de passagem, ficou bem melhor que a arte dos dois álbuns anteriores. 

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