Quatro anos antes das coisas começarem a sair dos eixos com os problemas de saúde do guitarrista Timo Tolkki, o Stratovarius da Finlândia voava baixo (pode dizer que é um trocadilho com a faixa que abre o álbum) e era referência para o Metal Melódico no mundo inteiro. A banda tinha lançado uma trinca de encher os olhos de uma geração dos anos 90 que os amou incondicionalmente, formada pelos álbuns Episode, Visions e Destiny, portanto esperava-se muito de Infinite. Ele com certeza não conseguiu superar a trinca, mas foi eficiente o suficiente para manter a banda sob os holofotes. A primeira música do petardo é a conhecidíssima "Hunting High And Low" que foi o carro chefe do play, apresentada em vídeo clipe que bombou na MTV. O clipe mostrava até uma cena em que uma equipe apresenta a bela capa do álbum ao personagem chave do clipe. A faixa tem muita melodia, principalmente nos refrões que grudam de imediato, mas eu prefiro sua sucessora "Millenium" bem mais speed metal com os famosos pedais duplos do estilo. A banda entrou de cabeça no tema "salve a natureza" e a longa e arrastada "Mother Gaia" mostra isso claramente, numa tendência que se esticou ao próximo trabalho "Elements #1". E são em momentos como este que o vocalista Timo Kotipelto mostra que tem ouro nas cordas vocais, além da presença marcante do baixo de Jari Kainulainen e nos teclados de Jens Johansson, inclusive com uma passagem operística que remete ao Queen e ao Savatage, muito interessante. Jörg Michael já se destaca obviamente quando o ritmo acelera, como na ótima Phoenix que tem um riff bem legal e umas partes cavalgadas de extremo bom gosto, além do duelo entre guitarra e teclado nos solos, coisas que seus irmãos do mal, o Children of Bodom também faziam com maestria. "Glory To The Brave" vem numa pegada mais Power Metal e eu poderia gostar ainda mais dela se os teclados se resumissem aos "ooohhh" e aos duelos com a guitarra, ao invés daquela parte solada logo após o início da música que apagou o belo riff inicial. "A Million Light Years Away" é outra daquelas passagens mágicas que fazem o público vibrar, com uma melodia inicial muito bonita que se repete ao longo da música. "Freedom" é outra faixa bem acelerada, mas que não empolga muito, ao passo que a música "Infinity" é a junção de tudo de bom que o Stratovarius tinha, alternando momentos épicos a outros de velocidade e passagens de extrema beleza, despachando inclusive um momento bem inquietante lá pelos 5 minutos, que poderia estar num álbum do Dimmu Borgir (hehe). O álbum fecha com a semi balada Celestial Dream com fundo orquestrado e outra demonstração impecável de Kotipelto. Um grande álbum de uma banda que estava no topo!
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