domingo, 27 de setembro de 2020

20 anos de Clayman do In Flames

 


Acredito que Clayman seja o ápice dos suecos do In Flames, mesmo que eu prefira seu antecessor Colony. Ápice de seu Death Melódico, já que a partir do próximo trabalho a banda enveredou por estilos diferentes, fugindo daquilo que se propôs a fazer desde 1990. A capa traz uma adaptação do Homem Vitruviano desenhado por Leonardo Da Vinci com aquela tentativa frustrada de criar um mascote que não vingou ao fundo. "Bullet Ride" inicia o play com força e melodia, com um riff de guitarra marcante na metade da música, pouco antes do solo. "Pinball Map" traz aquela melodia característica dos álbuns anteriores na guitarra e um excelente refrão com Anders Fridén já dando amostras de vocais mais limpos. As guitarras de Björn Gelotte e Jesper Strömblad nesta música mostram o quanto a dupla estava inspirada. "Only For The Weak" vem com aquela pegada mais arrastada, naquele estilo que o Children Of Bodom também fez no mesmo ano com "Everytime I Die". A exemplo dos finlandeses a música também ganhou um vídeo clipe, mas Clayman foi lançado quase 4 meses antes. Na sequência temos "...as The Future Repeats Today", título interessante e um belo solo de guitarra. Daniel Svensson apesar de tocar de forma segura o álbum todo, faz algumas passagens bem intrincadas e deixa sua marca. "Square Nothing" tem um início mais suave onde dá pra ouvir melhor o baixo de Peter Iwes, algo bem difícil de conseguir no decorrer do álbum e parece uma característica do estilo, na maioria das vezes. "Clayman, a faixa título é acelerada e tem um refrão legal e "Satellites And Astronauts" começa de forma estranha (sim, é louvável mudar as coisas um pouco para não ser repetitivo), mas aquele vocal de robô agonizando com aqueles barulhos eletrônicos não caíram bem. "Brust The Dust Away" volta a ter velocidade mas as ideias estão meio emboladas aparentemente, então você sabe que está passando pelo momento mais perigoso do álbum, aquele em que se não perseverar vai acabar deixando-o de lado. "Swim" vem para tentar resgatá-lo do limbo e consegue te animar um pouquinho, enquanto "Suburban Me" com participação de Christopher Amott, guitarrista do Arch Enemy à época, dá uma evoluída nesta sequência. Mas a fogueira volta a esquentar mesmo é no gran finale com "Another Day In Quicksand" onde o instrumental volta de vez (e se despede para sempre) do Death Melódico que consagrou a banda nos anos 90. Foram 10 anos nadando nesta praia e já são 20 anos percorrendo outros mares. Se você gosta de todas as águas em que o In Flames nadou, sorte a sua. Não terá decepções com a banda. Detalhe: A edição de aniversário de 20 anos ganhou uma arte de capa maravilhosa recentemente.

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