domingo, 4 de julho de 2021

20 anos de The Darkest Throne do Malefactor!

 


O Malefactor surgia como uma nova força do metal nacional na virada do milênio e "The Darkest Throne" é a prova irrefutável disto. Este foi o trabalho em que a banda baiana encontrou seu som, aquele misto de black e death metal épico e sensacional, onde todos os componentes são importantes, sejam teclados, guitarra, bateria, baixo ou vocais. Falando em vocais, Lord Vlad já surpreendia com um dinamismo fenomenal. O monstro passou a despejar vozes rasgadas, guturais e belíssimos vocais limpos de forma tão espontânea que dificilmente pode deixar de ser citado como um dos principais destaques. Uma questão de logística e tempo foi um diferencial audível aos apreciadores mais atenciosos da obra. Dos oito petardos apresentados, metade foi gravada no Tribal Studio e outra metade no Som das Águas seis meses depois. As músicas gravadas primeiro têm mais aquela pegada de guerra do Death Metal enquanto as mais novas ficaram com uma influência mais Black e com uma dinâmica menos acelerada e mais rica de ritmos. "Necrolust In Thulsa Abbey" é um ótimo cartão de visitas, contendo todas as características do Malefactor, brutalidade, melodia, velocidade e muito bom gosto. "Into The Silence" mostra a versatilidade vocálica que mencionamos e "Luciferian Times" é o melhor momento do opus, uma música sensacional, com direito a um som de flauta que ficou magnífico. "Breaking The Castles" fecha a primeira parte do trabalho com aquela pegada folk sensacional, música com mais instrumentos acústicos e vocais limpos de imenso bom gosto e criatividade que foge do peso e nos agracia com a beleza diversa que o estilo sempre nos proporciona. A parte mais bélica de "The Darkest Throne" começa com a intro "Prelude To A Battle", fechando com "Behind The Mirror", a faixa título e "A God That Doesn't Lie". Excelente álbum lançado pela Demise. Mais um completando 20 anos e soando como novo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário